Fotos: Arquivo pessoal
Tenho 24 anos, meu nome é Tony Leão Santana, sou solteiro, mas já fui casado e me separei, porém tenho uma linda filha dessa relação que atualmente mora com a mãe em São Paulo de Olivença e sinto muita saudade dela, sou de origem indígena da etnia ticuna, da Comunidade do Umariaçu.
Tenho 24 anos, meu nome é Tony Leão Santana, sou solteiro, mas já fui casado e me separei, porém tenho uma linda filha dessa relação que atualmente mora com a mãe em São Paulo de Olivença e sinto muita saudade dela, sou de origem indígena da etnia ticuna, da Comunidade do Umariaçu.
Atualmente estou em Brasília, mas minha vida acadêmica começa bem antes, desde 2007, quando cursei Biologia e Química na UFAM-BC, porém não conclui, e posteriormente fui para Manaus estudar em 2011 buscando novas oportunidades.
Saí de minha terra em busca de um sonho, o de ser médico e retornar para atuar em Tabatinga. Atualmente não estou trabalhando por que o curso que faço atualmente é de manhã, à tarde e às vezes a noite, mas estou atuando como estagiário no Hospital Universitário de Brasília (HuB) pelo Projeto Ambulatório Indígena, especificamente na neuropediatria, mas não me limito a esta área, pois sempre há parentes indígenas encaminhados pela CASAI para diversas áreas e procuramos sempre fazer esse acolhimento diferenciado. Uma das ultimas atuações foi no Movimento Terra Livre (ATL) nos movimentos em prol das reinvindicações indígenas no qual nós, estagiários, estávamos apoiando uma equipe da SESAI.
Saí de minha terra em busca de um sonho, o de ser médico e retornar para atuar em Tabatinga. Atualmente não estou trabalhando por que o curso que faço atualmente é de manhã, à tarde e às vezes a noite, mas estou atuando como estagiário no Hospital Universitário de Brasília (HuB) pelo Projeto Ambulatório Indígena, especificamente na neuropediatria, mas não me limito a esta área, pois sempre há parentes indígenas encaminhados pela CASAI para diversas áreas e procuramos sempre fazer esse acolhimento diferenciado. Uma das ultimas atuações foi no Movimento Terra Livre (ATL) nos movimentos em prol das reinvindicações indígenas no qual nós, estagiários, estávamos apoiando uma equipe da SESAI.
Me formo em 2018 ou início de 2019 pois o curso que estou é de 6 anos. Depois de me formar pretendo voltar para o Umariaçu a fim de medicar lá, mas também posso atuar no Alto Javari ajudando outras comunidades indígenas, porque quero atuar na saúde indígena como um todo.
Tony atuando no Movimento Terra Livre (ATL) |
Hoje enfrentamos muitos desafios dentre os principais é não termos um apoio efetivo da FUNAI, do MEC (que sempre atrasa bolsas e dificulta muito nossa estadia, e como viver em Brasília?), e a universidade não tem um programa específico que possa nos apoiar – nós indígenas – de uma maneira diferenciada. Mesmo assim, continuamos aqui em Brasília e sempre na luta pra conseguirmos espaço e termos visibilidade nesta universidade. Somos fortes e voltaremos para nossa terra daqui uns anos com o sonho realizado, sonho que todos nos indígenas temos, o de se formar e voltar às suas comunidades vitoriosos e contribuir muito mais nela, seja na saúde, educação ou cultura.
Carta recebida de Tony Leão Santana
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