Foto: Reprodução/Internet
Repercussão do fechamento do
“Eduardinho” e a privatização do aeroporto Eduardo Gomes foram discutidas nesta
quarta (05/07) na ALE-AM
Manaus (AM) - Nesta quarta-feira (05/07),
os funcionários do Terminal II do aeroporto Eduardo Gomes, também conhecido
como "Eduardinho", foram surpreendidos com a notícia que o terminal
será fechado pela Infraero.
A notícia surgiu após a Empresa Brasileira
de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) anunciar que o Aeroporto
Internacional Eduardo Gomes entrou na lista de aeroportos que podem ser
privatizados pelo Governo Federal até o ano 2020.
A repercussão do fechamento do “Eduardinho”
e a privatização do aeroporto Eduardo Gomes foram discutidas hoje na Assembleia
Legislativa do Amazonas (ALE-AM).
O deputado Wanderley Dallas (PMDB), que
preside a comissão de Transporte e Trânsito da ALE-AM, disse que realizará uma
audiência pública para ouvir os funcionários do aeroporto e representantes da
Infraero.
“Realizaremos a audiência pública durante o
recesso parlamentar da ALE-AM. O assunto é grave e merece ser discutido com
urgência”, afirmou Dallas.
O deputado Adjuto Afonso, que é membro da
comissão de Transporte, ressaltou que o “Eduardinho” é usado principalmente
para voos regionais, permitindo a ligação aérea entre Manaus e interior do
Estado.
“Se o Eduardinho for fechado como deseja a
Infraero, todos os voos regionais serão transferidos para o aeroclube, que já
se encontra no limite de pousos e decolagens”, criticou Adjuto.
O possível fechamento do “Eduardinho” vem à
tona no momento que o Governo Federal anuncia a inclusão do aeroporto
internacional Eduardo Gomes na lista de aeroportos que podem ser privatizados.
A lista inclui ainda os aeroportos de Congonhas (SP), Santos Dumond (RJ),
Recife (PE), Curitiba (PR) e Belém (PA).
No Amazonas, a privatização aeroporto
Eduardo Gomes pode afetar mais duas mil pessoas que trabalham direta e
indiretamente no transporte de passageiros e de cargas.
Infraero quer privatizar 52 aeroportos
O deputado Wanderley Dallas disse que está acompanhando
a intenção do Governo Federal em privatizar 52 aeroportos, entre eles o
aeroporto internacional Eduardo Gomes.
Para discutir o assunto, a Comissão de
Transporte da ALE-AM já programou uma audiência pública para o mês de agosto,
logo após o fim do recesso parlamentar. A audiência reunirá representantes da
Infraero no Amazonas, dos ministérios dos Transportes e do Planejamento e,
principalmente, dos trabalhadores do aeroporto Eduardo Gomes.
O parlamentar disse que transporte aéreo no
Amazonas passa por um momento complicado, com as notícias do fechamento do
“Eduardinho”, privatização do aeroporto Eduardo Gomes e transferência do
aeroclube para fora de Manaus.
“Temos que encontrar soluções para o
transporte aéreo, caso contrário corremos o risco de isolar Amazonas do resto
do Brasil”, completou Dallas.
Posição da Infraero
Por meio de nota, a Infraero informou que
as operações do terminal 2 do Aeroporto de Manaus/Eduardo Gomes serão
transferidas para o terminal 1 a partir de agosto, tendo como objetivo a
otimização do fluxo operacional e de passageiros do complexo aeroportuário.
A decisão foi fundamentada em estudos da
Diretoria de Aeroportos da Infraero, com apoio das Diretorias de Operações e
Segurança, que constataram que a alteração traria mais conforto para os atuais
usuários do terminal 2 devido à infraestrutura e serviços disponíveis no
terminal 1, além de ganhos de eficiência operacional e econômica para as
atividades do aeroporto. A partir da segunda quinzena deste mês, serão
realizadas ações de comunicação no aeroporto para informar aos passageiros a
alteração.
O órgão destacou ainda que o Aeroporto de
Manaus tem capacidade para absorver a transferência do fluxo operacional do
terminal 2: o complexo inteiro tem capacidade operacional para receber 13,5
milhões de passageiros por ano, sendo que a capacidade do terminal 2 é de 2
milhões de passageiros por ano. Em 2016, o Eduardo Gomes recebeu 2,61 milhões
de passageiros, contando embarques e desembarques.
A área comercial da Infraero estuda ainda alternativas
para a utilização do espaço do terminal 2 para outras atividades.
acritica.com
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