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Blog de Tabatinga

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#Notícia - Cenipa registra aumento de colisões de pássaros com aeronaves no Amazonas

Aeroporto de Ponta Pelada . Foto: Raimundo Valentim/Acervo DA

 

O Aeroporto de Ponta Pelada, zona sul de Manaus, registrou o maior número colisões, no ano passado: 51 casos, segundo o Sigra

 

Márcia Valéria / portal@d24am.com

 

Manaus - O Amazonas registrou, no ano passado, 87 ocorrências de colisões de pássaros com aeronaves, 63% a mais que o ano de 2013. Destas, 26 aconteceram no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Os dados são do Sistema de Gerenciamento de Risco Aviário do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e correspondem ao período de janeiro a 21 de novembro de 2014, quando foi feito o último reporte ao Sistema de Gerenciamento de Risco Aviário (Sigra), do órgão.

 

O Aeroporto de Ponta Pelada, zona sul de Manaus, registrou o maior número colisões, no ano passado: 51 casos, segundo o Sigra. Os aeroportos de Tefé e Tabatinga reportaram ao Cenipa cinco ocorrências, cada.

 

Segundo o Cenipa, em 2014, foram feitos 420 reportes de riscos aviários no Amazonas ao Sigra, 60% a mais que o ano de 2013, quando foram reportadas 256 ocorrências. O Cenipa considera risco aviário 'colisão', 'quase colisão' e 'avistamento' de aves em aeroportos.

 

O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes reportou ao Sigra 86 ocorrências. Foram 58 registros de 'avistamento' de aves na pista durante o pouso ou decolagem de aeronaves; 21 'quase colisão', além das 26 colisões.

 

O Aeroporto de Ponta Pelada registrou o maior número de ocorrências no ano passado, segundo o Cenipa. Foram 220 reportes de risco aviário, sendo 110 'quase colisão', 51 'colisões' e 87 'avistamentos' de aves.

 

Segundo o Cenipa, o Amazonas é o 10º Estado brasileiro em reporte de ocorrências com fauna, que representam 3,4% de todos os casos registrados no País no ano passado, um total de 3.596. O Cenipa acredita que as colisões reportadas representam apenas 25% do universo real dos acidentes, uma vez que os relatos são voluntários, e muitos ficam só na suspeita e nem sempre o piloto percebe que bateu em ave.

 

De acordo com um estudo do Cenipa, as ocorrências estão aumentando em todo Brasil e é resultado do crescimento desordenado da população e a destinação incorreta para o lixo. O estudo mostra que a maioria dos reportes acontece até 152 metros de altura. Mais de 60% dos casos é durante o pouso da aeronave e 75% dos acidentes envolvem urubus. O perigo fez o Cenipa criar, em 2010, um Plano Básico de Gerenciamento do Risco Aviário para investigar os casos.

 

Em casos extremos, segundo o Cenipa, uma batida dessas pode derrubar um avião. Mas o mais comum é provocar perda total nos motores, ferimentos na tripulação e atrasos para o passageiro. "Parece bobagem, mas imagine uma aeronave a 250 km/h se chocar com um pássaro de 3 quilos, também em movimento. Pode ser fatal", explicou o major Henrique Rubens, gerente do setor de Risco Aviário do Cenipa, em relatório do órgão.

 

Em nota, a Infraero informou que com uma equipe de especialistas como biólogos e engenheiros ambientais para lidar com Risco da Fauna no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, "que atua diretamente em campo com o manejo de fauna e com estudos para diminuição de focos de atração de aves".

 

A Comissão de Gerenciamento do Risco da Fauna, de acordo com a Infraero, realiza vistorias em áreas da Área de Segurança Aeroportuária (ASA), num raio de 20 quilômetros, a partir do ponto médio da pista de pouso e decolagem ao redor do aeroporto, para identificar possíveis focos atrativos de pássaros no entorno do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes.

 

Ainda segundo a nota, a Infraero possui o Plano de Gerenciamento do Risco da Fauna (PGRF) que tem como objetivo reduzir os acidentes aeronáuticos decorrentes de ocorrência com a fauna, através de ações internas aos sítios aeroportuários de manejo de fauna e que busquem a redução de fatores atrativos, assim como através de articulações externas (governo e municípios) que visem melhoria das condições de ocupação do solo e infraestrutura da área do entorno dos aeroportos.

 

Fonte:  http://new.d24am.com/noticias/amazonas/cenipa-registra-aumento-colisoes-passaros-aeronaves-amazonas/127303

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