Foto: Divulgação (A Fundação de Medicina
Tropical é referência no tratamento da doença)
O Amazonas possui mais de 15 mil casos de
HIV/aids registrados na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira
Dourado (FMT-HVD). A contabilização foi realizada desde 1986, ano do primeiro
caso, até hoje. Jovens do sexo masculino é o perfil dos amazonenses mais
infectados.
A coordenadora Estadual DST/Aids e
hepatites virais, a infectologista Silvana de Lima e Silva, explica que é
necessário um trabalho de conscientização com esse público. “O Boletim de
Epidemiologia do Ministério da Saúde aponta crescimento em homens jovens
infectados com o vírus. Faremos um encontro no fim desse mês para discutir que
estratégias para conscientizar esse público, porque o trabalho de redução dos
casos está ligado à mudança de comportamento e que façam os exames pelo menos
uma vez por ano”, explicou. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), os casos
de HIV/aids em jovens de 15 a 24 anos cresceram 85% nos últimos 10 anos. A
FMT-HVD, responsável pelo mapeamento de infectados no Amazonas, registrou
12.031 casos no período de 2001 a agosto de 2016, desse montante 82,5% são na
capital.
Em sequência, o município de Parintins (a
369,63 quilômetros) ocupa a segunda posição com 253 infectados, em terceiro
Tabatinga contabilizou 213 (a 1108.4 quilômetros) e em quarto lugar Itacoatiara
(a 176,09 quilômetros) com 208 casos.
Em números nacionais, o Boletim
Epidemiológico de HIV e Aids do MS, divulgado no final do ano passado, apontou
827 mil pessoas vivem com o HIV. O governo federal afirmar que a epidemia no
Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada
100 mil habitantes, representando 40,9 mil casos novos, em média, no período de
2010 a 2015. No Brasil, segundo o órgão federal, 260 mil pessoas vivem com HIV
e ainda não estão em tratamento. Ele também aponta que 112 mil brasileiros que
têm o vírus e não sabem disso.
Faixas etárias
Outro dado importante revelado pelo MS é
que, dentre todas as faixas etárias, a adesão ao tratamento do grupo jovens é a
mais baixa. Apenas 29,2% dos 44 mil deles foram identificados no Sistema Único
de Saúde (SUS) com a doença estão em tratamento. Os números mostram que a
cobertura cresce à medida que aumenta a idade das pessoas vivendo com HIV e
aids. Na faixa de 25 a 34 anos, esse percentual é de 77,5%, mantendo-se
superior a 80% em todas as outras faixas etárias até chegar a 84,3% entre os
indivíduos acima de 50 anos.
Bárbara Costa
EM TEMPO
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