13/08/2015, quinta-feira
Foto: Jornal A Crítica / As vítimas do acidente
No acidente morreram cinco pessoas, sendo duas pacientes, uma acompanhante, uma enfermeira e o piloto da aeronave
Por: Otto Farias
Tabatinga (AM) - As investigações sobre o acidente com o helicóptero Esquilo AS355N, que prestava serviços à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ocorrido em 29 de maio deste ano em Atalaia do Norte, no Amazonas, ainda estão em andamento. No acidente, morreram cinco pessoas, sendo duas pacientes, uma acompanhante, uma enfermeira e o piloto da aeronave, que voltavam de uma remoção em uma aldeia no Vale do Javari, com destino à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município de Tabatinga.
O helicóptero só foi encontrado no dia 3 de junho. Os corpos foram levados para o Hospital de Guarnição de Tabatinga e permanecem na Câmara Mortuária do local, como explica o diretor do hospital, coronel José Pires de Carvalho.
"Desde que eles foram localizados e transportados para o hospital eles permanecem na Câmara Mortuária do hospital. Foram levados fragmentos de tecidos dos restos mortais dos falecidos e exames coletados dos parentes, no caso especificamente dos indígenas".
O administrador da Sesai em Atalaia do Norte, Heródoto Jean de Sales, justifica o atraso para a liberação dos corpos.
"O que o dono da empresa me repassou, inclusive estamos sempre repassando para os familiares aqui, no andamento, estes corpos ficaram alguns dias em Tabatinga, porque eles estavam sobre a responsabilidade da Polícia Federal e do Hospital Militar, e foram levados para Manaus. Em Manaus, não conseguiram, por algum motivo lá, fazer os exames e foram encaminhados para Brasília. E o dono da empresa nos comunicou, ainda, que faltavam alguns materiais para serem feitos esses exames e a Seguradora teve que adquirir esses materiais, que, segundo ele, custou numa faixa de R$ 60 mil para poder fazer esses exames e só depois que iniciou o processo de exame de DNA".
Heródoto informou, ainda, que até o final deste mês os restos mortais podem ser encaminhados para as localidades onde estão os familiares das vítimas já com os resultados dos exames.
"Nós falamos essa semana com o dono da empresa e o advogado dele, que está acompanhando esse procedimento, e ele nos informou, inclusive nós repassamos para as famílias das vítimas, que até o final do mês, provavelmente, os restos mortais das vítimas, já com exames do DNA, estão sendo encaminhados para as localidades paras as cidades onde estão os familiares das vítimas".
O administrador da Sesai também explicou que a empresa Moreto Táxi Aéreo, dona da aeronave envolvida no acidente, será a responsável por trazer de volta os restos mortais das vítimas, além de entregar os exames que estão em Brasília aos familiares.
Segundo Heródoto, os familiares serão indenizados pela empresa e receberão, ainda, acompanhamento psicológico.
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