ÚLTIMAS

10/recent/ticker-posts

Blog de Tabatinga

Blog de Tabatinga

#Notícia - Programa de desenvolvimento investe na fronteira do Brasil

Foto: Site da INFRAERO (Aeroporto Internacional de Tabatinga).

Com mais de R$ 200 milhões em investimentos, o governo federal ampliará de 3 para 12 os aeroportos que operam aviação comercial na fronteira do Brasil com outros países da América do Sul

por Portal Brasil

O programa de aviação regional da Secretaria de Aviação Civil vai ampliar a oferta de aeroportos nos quase 17 mil quilômetros de fronteira do Brasil com os outros países da América do Sul.

Atualmente, apenas três operam voos comerciais: Tabatinga (AM), Corumbá (MS) e Foz do Iguaçu (PR). Com os investimentos de mais de R$200 milhões, um total de 12 aeródromos passará a receber rotas regulares e atender a demanda nacional e internacional entre Oiapoque, no Amapá, e Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul.

Além de aproximar a fronteira tantas vezes inacessível dos grandes centros brasileiros, os aeroportos regionais garantirão segurança a uma das portas de entrada do território nacional e podem gerar cerca de 600 empregos diretos e indiretos em todo o País.

Cada aeródromo terá um novo terminal de passageiros, um novo pátio de aeronaves e o reforço ou ampliação da pista de pouso e decolagem.

A expectativa é que os 2 milhões de passageiros que passam por ano pelos terminais de fronteira existentes hoje triplique nos próximos dez anos, chegando a 6 milhões.

O ministro da Aviação, Eliseu Padilha, garante que toda a população brasileira será beneficiada pelo programa, que vai investir R$7,4 bilhões na reforma ou construção de 270 aeroportos nos municípios distantes das capitais.

"Todos os brasileiros que se sentem inacessíveis estarão a uma hora, 40 minutos, de um centro metropolitano. Além de ficar mais fácil para eles se locomoverem, serviços básicos à população chegarão as nossas fronteiras com maior rapidez", comemorou Padilha.

A ideia do programa é deixar 96% da população a menos de 100 km de um terminal. Hoje, apenas 40 milhões de brasileiros têm o acesso facilitado dessa forma.

Além disso, o governo subsidiará o preço das passagens para incentivar os passageiros a voar mais e estimular a concorrência entre as empresas aéreas.

Atualmente, uma rota que envolve um aeroporto regional chega a custar 31% a mais que entre duas capitais. A medida provisória que trata deste assunto será regulamentada pela Presidência da República.

De Corumbá para o mundo

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Corumbá, no Mato Grosso do Sul, é atendida por dois voos diários. A baixa concorrência entre as empresas aéreas e a infraestrutura deficitária na maioria dos aeroportos regionais ainda é um dos empecilhos na locomoção da população fronteiriça. Mas os investimentos previstos pelo programa facilitarão esses deslocamentos.

A jornalista Sylma Lima cruza a fronteira entre Brasil e Bolívia com frequência. É o caso da jornalista Sylva Lima, 48 anos. Ela mora em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e ultrapassa a fronteira com a Bolívia cerca de quatro vezes por dia para resolver questões cotidianas.
"Vou um pouco mais longe na Bolívia, na cidade de Santa Cruz, para consultas médicas. E é de lá também que eu embarco para qualquer cidade do mundo", conta Lima.

Sylma adora viajar para o exterior e já comprovou que pelo Brasil ainda não vale a pena. Para ir a Buenos Aires, na Argentina, por exemplo, ela tem duas opções: ir de ônibus ou avião de Corumbá a Campo Grande, capital do seu estado, e, de lá, até outra cidade que tenha voo direto para o país vizinho. Ou o que ela sempre escolhe: ir até Santa Cruz em um ônibus ou avião e, de lá, embarcar diretamente para a capital argentina.

"Além de eu perder menos tempo saindo de Santa Cruz, é tudo muito mais barato. Para eu chegar a Santa Cruz, eu gasto pouco mais de R$200. Para ir a Campo Grande, gasto mais de R$100 em um trecho de ônibus e até R$1.200 numa passagem de avião", detalha Sylma.

Uma empresa aérea faz a rota Corumbá – Campo Grande diariamente. "Se existisse uma rota direta de Corumbá para Santa Cruz, ainda seria melhor. Muitos brasileiros vão para lá diariamente", acredita.

Tabatinga (AM) também é atendida apenas por dois voos diários. O município brasileiro é separado da cidade de Letícia, na Colômbia, apenas por um mastro com duas bandeiras, o que garante a livre circulação entre os dois países.

A Avenida da Amizade liga o aeroporto de Tabatinga ao centro da cidade colombiana. Já Foz do Iguaçu, por ter grandes atrativos turísticos, conta com mais opções de voo, segundo a agência reguladora do setor. Os investimentos do programa garantirão a ampliação das rotas nesses municípios fronteiriços.

Postar um comentário

1 Comentários

  1. Os Aeroportos Regionais do Brasil – O que nos Espera a partir de 2016!

    Os três maiores fabricantes de aeronaves regionais, tanto de turboélices quanto de jatos, tem planos ambiciosos para o mercado mundial de aeronaves regionais e para as cidades médias.

    Dentro de perspectivas de crescimento desse mercado, esses fabricantes já estão desenvolvendo os primeiros protótipos para a segunda geração de jatos e turboélices regionais.

    O atual turboélice de 70 lugares já tem uma versão para 86 lugares. A primeira aeronave já foi entregue no final de 2014, a um cliente da Ásia. Acredita-se que o fabricante concorrente irá lançar a versão para 90 lugares imediatamente.

    Os jatos regionais acomodam entre 76 passageiros a 118 passageiros, dependendo do modelo. Em 2016 aterrissa a segunda geração de jatos regionais no mercado mundial e Brasileiro. O modelo novo deve acomodar 130 passageiros ou 145 ou até 160 passageiros em configuração de alta densidade. O outro fabricante propõe 132 passageiros e uma versão de alta configuração para 144 lugares.

    Pelo exposto acima fica fácil perceber que tanto o turboélice quanto o jato irão crescer e ficar mais pesados. Talvez seja um erro projetar os aeroportos regionais do Estado sem levar em consideração as aeronaves mais pesadas e maiores que estão para chegar!

    Acredito que a resistência MÍNIMA do piso asfáltico deve ser para 29t, quando se pretende receber turboélices, e Mínimo de 60t para os jatos regionais. Exemplo: propostas de 23t para algumas cidades e pistas menores que 1.700m de comprimento podem ser um erro estratégico e replicado em muitos municípios do Estado.


    Aeroporto Regional é também todo aquele aeroporto que já nasce operando voos por instrumento nas aproximações, pousos e decolagens baseados em informações GPS. Nenhum aeródromo pode receber o nome de “aeroporto” em pleno século 21, se não operar por instrumento. O GPS substitui com maior segurança e sem custos os antigos equipamentos afixados ao solo. O GPS é livre, grátis, sem ônus nem taxas.

    Não podemos construir pistas e aeroportos regionais para o hoje. O hoje já é passado!
    Turboélice = 1.700m x 30m + 29t + GPS
    Jato regional = 2.200m x 45m + 60t + GPS

    Saudações,
    Claudio Louzada, 59 - Consultor para o Modal Aéreo. Gaúcho de Porto Alegre. Ex-comandante da RioSul e Varig. Possui grande experiência em turboélices regionais, jatos comerciais e voos internacionais.
    louzada.cl@gmail.com (11) 99173-7284
    Carrascosa e Louzada Engenharia e Soluções Empresariais.

    ResponderExcluir