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Blog de Tabatinga

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Covid facilita ataque de “piratas” a ribeirinhos da Amazônia

Foto: Divulgação / SSP-AM 

 

05/03/2021, sexta-feira


Base Fluvial do Arpão tenta conter os saques a embarcações e o tráfico internacional de drogas 

 

A covid-19 facilita o ataque de "piratas" aos moradores das comunidades ribeirinhas do rio Solimões no norte do estado, segundo o Ministério Público, a polícia e moradores ouvidos pela coluna do Amaury Ribeiro Junior no Uol. 

 

São os chamados "ratos do rio" (grupos de "piratas" da própria região). Eles têm como alvos principalmente agricultores e pescadores que se deslocam em pequenas embarcações. 

 

Por exemplo, pelo rio Solimões até Coari (AM), município a 360 km de Manaus, e outras cidades para vender seus produtos. 

 

Enquanto, uma das vítimas dos criminosos é o pescador Manoel dos Santos, de 26 anos. No fim do ano passado, quando retornava de Coari com seu barco, ele foi atacado por um grupo de "ratos do rio". 

 

"Levaram todo meu dinheiro, barco e motor. Me espancaram na cabeça e me jogaram no rio. Sobrevivi por um milagre", disse o pescador. 

 

Tráfico de drogas 

 

Além disso, o promotor de Justiça Wesley Machado, que foi obrigado a abandonar a comarca de Coari depois de ter sido ameaçado de morte por um grupo de "piratas". 

 

Bem como, Wesley disse que o pouco tráfego de barcos na região devido à pandemia deixa os grupos de criminosos "sem vigilância", se sentindo mais livres para saquear as comunidades. 

 

O promotor disse ainda que os municípios às margens do rio Solimões atraem os "piratas" por estarem na rota do tráfico de drogas que liga o município de Tabatinga (AM), na divisa com a Colômbia e o Peru, a Manaus. 

 

Ainda, segundo ele, a miséria que toma conta da região e que se agravou com a pandemia está levando algumas comunidades ribeirinhas a trabalhar para os "piratas" em troca de combustível e comida. 

 

Combate aos "piratas" 

 

A atuação das quadrilhas organizadas de "piratas" levou o governo do Amazonas a montar, no ano passado, a Base Fluvial do Arpão a fim de tentar conter os saques a embarcações e o tráfico internacional de drogas. 

 

Leia mais no Uol. 

 

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