Foto: Portal CM7
Embalados pelo ideal do movimento O Sul é
Meu País, que tenta tornar os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul em um novo país, o Movimento Amazônia Independente também defende
a criação de um país agregando todos os estados da Região Norte.
Ainda não há data para realização de um plebiscito informal para saber se os
eleitores aprovam também a possibilidade de se tornarem um novo país. Na região
Sul o plebiscito será no próximo dia 7.
Em entrevista ao Portal Amazônia,
um dos líderes do movimento, Axel Julyan, diz que a ideia surgiu há um ano, por
um grupo formado, em sua maioria, por pessoas dos Estados do Amazonas e Pará,
pretende articular não apenas a ação de emancipação, mas também atividades e outras
discussões.
“Nosso movimento surgiu com a união de um
grupo amazonense e um grupo paraense. Nós tínhamos o mesmo ideal
emancipacionista. Mas o movimento ainda está em processo de formação e
consolidação, ou seja, tem funcionado de forma improvisada. Pretendemos fazer
sua legalização como associação cultural no próximo ano, para desenvolvermos
inúmeras atividades, não somente de cunho separatista”, explica Julyan,
acrescentando que o movimento possui cerca de 50 pessoas de vários estados do
Norte.
Sobre a viabilidade do movimento e a
projeção caso a separação aconteça, Julyan afirma que é preciso combater mitos
sobre a criação do amazônida e da Amazônia. Segundo ele, há vários mitos, onde
dizem que a Amazônia é desabitada, dependente e incapaz de se sustentar.
“Somente com o que temos hoje, nós seríamos
maiores que 70% dos países do mundo em relação à economia e
população. Além disso, sem as amarras do estado brasileiro, com uma verdadeira
emancipação, nós poderíamos partir para um verdadeiro desenvolvimento econômico
com a construção de uma indústria nacional amazônida. Nós temos um potencial
enorme para nos desenvolver de forma humana e sustentável” concluiu.
O que diz a Constituição?
Para o cientista político Helso Ribeiro, é
inviável a emancipação da Amazônia e a criação de um novo país. Ele explica que
qualquer proposta neste sentido é inconstitucional.
“Existe em nossa constituição uma cláusula
pétrea que não pode ser superada, nem mesmo através de consulta popular. Com
isso é inconstitucional qualquer divisão do território brasileiro. Ainda
que tenham as divergências e as diferenças regionais, o país é uma nação, tem
uma língua unificada, é miscigenado, diferente, por exemplo, da Catalunha, que
busca consolidar sua divisão, mas é uma região com identidade e idiomas
próprios”, disse.
Portal CM7
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