Foto: Blog Jambo Verde
Tabatinga (AM) - Em nota a Associação dos Kanamari do Vale
do Javari denunciam massacre ao povo isolado de Warikama. Veja abaixo a nota
que foi publicada no Blog Jambo Verde de Atalaia do Norte (AM):
NOTA PÚBLICA EM DEFESA DO POVO ISOLADO
WARIKAMA – DJAPAH DA TERRA INDIGENA VALE DO JAVARI
ASSOCIAÇÃO DOS KANAMARI DO VALE DO JAVARI –
AKAVAJA, organização representativa do Povo Kanamari do Vale do Javari, vem ao
público denunciar o massacre ocorrido com povo indígena isolados denominado
WARIKAMA – DJAPAH, no leste da terra Indígena do Vale do Javari, o corrido no
começo do mês de junho segundo os relatos dos Kanamari daquela região.
Diante exposto, ASSOCIAÇÃO DOS KANAMARI DO
VALE DO JAVARI – AKAVAJA vem denunciar nosso total indignação, da o missão do
estado brasileiro, uma vez que vimos denunciando desde 2013, aos órgãos
competentes sobre a invasão de caçadores e fazendeiros, onde as fazendas já
ultrapassam a linha da demarcação da Terra Indigena do Vale do Javari. Vindo do
município de Eirunepé, chegando a invadir o território dos isolados WARIKAMA –
DJAPAH e outros povos, na extremidade nas cabeceiras dos rios Jataizinho e
Jataí. Em nossas outras denuncia reivindicamos uma ação de fiscalização nas
extremidades, garantindo a segurança desses isolados na referida região, onde
nunca fomos ouvidos. E hoje taí, a situação brutal o corrido com nossos
parentes isolados.
Neste sentido sabemos que a proteção dos
(Índios Isolados) é de responsabilidade do Estado Brasileiro, porém, nos
últimos anos, é o próprio Estado que vem promovendo as ações de exterminação e violação
contra os povos indígenas no norte a sul do país. E nessa circunstância critico
vivenciados pelos povos indígenas nos últimos anos, como percebemos também as
esferas de proteção aos cidadãos brasileiros. Onde são os primeiros agirem
contra os indígenas, mesmo tendo provas dos atos. Como presenciamos todos os
dias, nas mídias e televisão, quem tem direito quem pode, quem não tem direito
quem não pode, ou seja, quando um criminoso político vai preso tem segurança de
todos os lados, e até na sua casa, esse e o país que vivemos hoje cheio de
assassinos e criminosos, tirando o direito e a liberdade de ir e vir dos
brasileiros seja, na rua, na estrada, nos quintais, na floresta, nos rios e
principalmente na sua própria residência.
Ressalta - se, ainda que as informações do
massacre, se deu por parte de uns dos capangas do indivíduo por nome de (LOURO)
o mandão do crime. Onde segundo ele, tentou impedir aos colegas que não
precisava fazer aquilo. Com isso pediu aos Kanamari, que não comentasse que foi
ele que comentou sobre o ato. E isso aconteceu na véspera da realização do
Encontro das Lideranças Kanamari, realizada na aldeia Paraiso nos dias 06 à 08
de junho do ocorrente ano, na Terra Indigena Kanamari do Juruá.
Diante exposto que o nome acima citado como
mandão do crime, reside nas margens direita do Igarapé Jordão, afluente do
Jutaizinho, onde é sua residência que fica a um dia de caminhada do município
de Eirunepé, ficando bem próximo da divisa da Terra Indigena Vale do Javari,
Território dos Isolados WARIKAMA - DJAPAH. E segundo o informante o número de
mortos são variáveis entre 18,21 ou mais.
Diante exposto no dia 11 de agosto do o
corrente ano, por volta das 11h e 35 minutos, comunicamos por telefone orelhão
mais uma vez, com Indigena Djo-ó Kanamari, da aldeia Jarinal, reafirmando o
acontecimento do massacre com os Isolados WARIKAMA – DJAPAH no alto rio Jutaí,
próximo aldeia Jarinal, e segundo o indígena os cochos dos parentes que usavam
para sua travessia no rio, se encontra no porto de sua aldeia, vindo de cima
após o massacre. Também o indígena acima citado, confessou que uns dos supostos
assassinos por nome de Francisco, está foragído para o município Itamarati.
Diante do ato criminosa o corrido,
solicitamos apoio dos parceiros em favor dos direitos dos povos Isolados, que
ajudem a divulgar e denunciar internacionalmente a chacina das pessoas que não
deve ninguém, apenas defendendo sua floresta como meio de sobrevivência.
Portanto reivindicamos que a policia Federal, faça petição de busca e apreensão
desses supostos criminosos, e intensificar atuando conjunta da FUNAI, Exercito,
Ibama e outros órgãos de fiscalização ambiental nas Terras Indígenas da região
do Juruá e Jutaí.
Um outro fator preocupante que temos
denunciado incansavelmente é a ausência do estado, no que se refere o direito
da assistência do povo de recente contato TSOHUM – DJAPAH, que reside a mesma
aldeia dos Kanamari da aldeia Jarinal, que o estado deveria garantir o direito
a proteção, a Saúde Básica e Educação diferenciado para este povo. Segundo
relatos da FUNAI, a uma década a traz, esse povo era estimado um número de
cinquenta pessoas, e hoje está reduzido uma estimação de 35 pessoas. Desde em
tão o estado não reconheceu como prioridade na atenção desse povo.
Atalaia do Norte – AM, 14 de agosto de
2017.
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