Foto: Exame
A Infraero abrirá em 14/8 a licitação para
operação e exploração do complexo logístico do Aeroporto Internacional de
Manaus/Eduardo Gomes (AM). O edital já está disponível no portal da
Infraero neste link, onde podem ser consultados os documentos
referentes ao processo licitatório.
A concessão abrange uma área total de
49.382 m², compreendendo os três terminais de carga do complexo logístico do
aeroporto, o prédio administrativo e a guarita de segurança. A arrematante,
além da oportunidade de explorar as atividades diretas de logística de carga,
poderá também agregar atividades acessórias à exploração do terminal, como
restaurante, centro de treinamento, áreas de reparo e limpeza de caminhões,
bancos e terminais de autoatendimento, armazéns não alfandegados, entre outras,
sendo que não há investimentos vinculados previstos em edital. O prazo de
vigência do contrato de concessão é de dez anos, com preço mínimo mensal de R$
2,7 milhões e preço básico inicial de R$ 3 milhões.
A concessão da operação das atividades do
Teca de Manaus representa uma oportunidade para a ampliação do portfólio de
serviços de um dos maiores complexos logísticos da América Latina, seguindo as
novas diretrizes da Diretoria Comercial e de Soluções Logísticas da Infraero. O
propósito é, além de expandir o portfólio de serviços e produtos de logística
integrada oferecidos pela empresa, e ampliar a parceria com a iniciativa
privada nos negócios.
Com essa política, a Infraero tem o
objetivo de ampliar as oportunidades de operações multi e intermodais,
agregando a expertise dos parceiros nos modais marítimo, rodoviário e
ferroviário ao know how da Infraero no modal aéreo. As novas
diretrizes permitirão inclusive a oferta futura de serviços como crossdocking, picking
and packing, porta a porta, gestão de estoques, cargas de projeto e outros,
além da consultoria e assessoria já disponibilizadas pela empresa.
“A ideia com a concessão do complexo de
Manaus é, acima de tudo, aproveitar uma estrutura pujante e arrojada para
oferecer serviços cada vez melhores para os clientes, aprimorando assim a
cadeia logística da região e do país em um ritmo célere, alinhado com sua
capacidade operacional e seu potencial econômico”, pontua Edson Antunes
Nogueira, superintendente de Desenvolvimento de Negócios em Soluções Logísticas
da Infraero.
Manaus e sua importância no modal aéreo da
logística de carga brasileira
Maior terminal de cargas da Rede Infraero,
o complexo do Eduardo Gomes conta com uma posição estratégica, escoando a
produção da Zona Franca de Manaus, e uma das maiores movimentações de carga
pelo modal aéreo no Brasil inteiro.
Somente no primeiro semestre de 2017, o
complexo manauara movimentou nas áreas de importação e exportação 15.449,3
toneladas (t), 3.688,2 t acima das 11.761,1 t processadas no primeiro semestre
de 2016, um crescimento da ordem de 31%. Os principais itens movimentados nesse
período foram componentes eletrônicos, produtos farmacêuticos, partes e peças
de moto, metais e artigos de decoração. A ênfase em produtos de alto valor
agregado na área de importação, além de demonstrar a importância e capacidade
do terminal de carga, também chama a atenção para o potencial econômico do
complexo.
Para sustentar a demanda, o terminal conta
ainda com uma infraestrutura moderna e ampla, que inclui um transelevador para
o armazenamento de cargas verticalizadas de importação exclusivo para as
empresas habilitadas no regime da Linha Azul e um sistema de pesagem de cargas
de importação inteiramente automatizado, entre outros diferenciais de
infraestrutura. O Teca tem capacidade máxima de movimentação de cerca de
960 mil toneladas anuais, tendo considerável margem de expansão operacional nas
condições atuais.
Outras concessões logísticas na Rede
Infraero
Além de Manaus, cinco processos de
concessões de complexos logísticos já foram realizados até o momento pela
Infraero: Goiânia (GO), Curitiba (PR), Vitória (ES), São José dos Campos (SP) e
Recife (PE). Os terminais de Goiânia e Curitiba foram os primeiros a iniciar as
operações com a nova parceira, que assumiu a concessão no mês de julho. Os
demais terminais já tiveram seus contratos assinados, agora passando pelos
trâmites de transição das operações.
Todos os contratos em questão preveem prazo
de concessão de dez anos, sem investimentos vinculados por parte das empresas
concessionárias. Os valores de luva (preço mínimo mensal) totais obtidos com os
cinco contratos somam R$ 2,95 milhões.
Com informações de assessoria da INFRAERO
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