Pauline Campos era diretora da maternidade e atendia pacientes (Foto: Divulgação)
Diretora da Maternidade Enfermeira Celina Villacrez Ruiz, Pauline Campos, foi liberada por algumas horas para fazer duas cesarianas. Secretário de saúde, Pedro Elias, informou que novo profissional será encaminhado à cidade
Oswaldo Neto
Manaus
Uma anestesista identificada como Pauline Campos, presa na operação ‘Maus Caminhos’, deflagrada nesta terça-feira (20/9), foi liberada por algumas horas em Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus) para realizar procedimentos cirúrgicos por conta da ausência de profissionais na cidade. Segundo o secretário de saúde do Amazonas, Pedro Elias, um novo especialista deve ser enviado à cidade nesta quarta-feira (21/9).
A anestesista e diretora da Maternidade Enfermeira Celina Villacrez Ruiz, Pauline Campos, é uma das envolvidas na operação. A maternidade é uma unidade de saúde gerenciada pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam) em parceria com a organização social “Instituto Novos Caminhos”, investigada durante o processo.
Conforme A CRÍTICA apurou, a profissional foi liberada pela polícia pelo fato de não existir outro especialista para realizar o procedimento na cidade. O secretário de saúde, Pedro Elias, confirmou o caso. “Ela é diretora da maternidade e acabou sendo afastada ou recolhida pela polícia, não sei ao certo, por conta da operação (Maus Caminhos). Duas cesarianas estavam marcadas para hoje (terça-feira) e, excepcionalmente, ela foi liberada para fazer os procedimentos e em seguida foi levada pela polícia novamente”, disse o secretário.
Questionado se a situação prejudicaria novas cirurgias, ele afirmou que um novo profissional será encaminhado à cidade nesta quarta-feira, por volta das 7h. “Negociei com uma empresa de anestesia daqui de Manaus a ida de um anestesiologista para Tabatinga. É uma situação de emergência e, nesse caso, nenhuma pessoa na unidade ficará prejudicada até que resolvamos isso definitivamente”, declarou.
Operação "Maus Caminhos"
A operação deflagrada pela PF desarticulou uma organização criminosa que desviava recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com as investigações, há o envolvimento de agentes públicos e empresários em fraudes que somam mais de R$ 110 milhões. Segundo o Ministério Público Federal (MPF/AM), foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisões temporárias, três mandados de condução coercitiva, 40 mandados de busca e apreensão, 24 de bloqueios de bens e 30 de sequestros de bens.
Fonte: A Crítica
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