23/9/2016, sexta-feira
Foto: Carlos Gossel (Maternidade de Tabatinga já está sob o comando do interventor André Alves)
Unidades de saúde que eram administradas pelo Instituto Novos Caminhos receberam interventores indicados pelo governo
Rafael Seixas
O secretário de sáude do Estado do Amazonas, Pedro Elias, divulgou com exclusividade para a reportagem algumas mudanças na direção de três unidades hospitalares que foram alvos da Operação Maus Caminhos, deflagrada na última terça-feira, (20/9), para desarticular uma organização criminosa que desviava recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas.
A investigação se concentrou sobre os repasses do Fundo Estadual de Saúde à organização social Instituto Novos Caminhos (INC). De abril de 2014 a dezembro de 2015, a entidade recebeu mais de R$ 276 milhões para administrar a Maternidade Enefermeira Celina Villacrez Ruiz (em Tabatinga), o Centro de reabilitação em Dependência Química do Estado do Amazonas (Rio Preto da Eva) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Campos Sales (Manaus).
Conforme a portaria enviada pelo secretário com exclusividade ao Jornal A CRÍTICA, os novos diretores das unidades são André da Silva Alves, que passará a ser responsável pela Maternidade Enfermeira Celina Villacrez Ruiz; Maria de Lourdes Ribeiro Siqueira, que fica à frente do Centro de Reabilitação em Dependência Química do Estado do Amazona; e Valéria Costa de Matos, que passa a comandar a UPA do bairro Campos Sales.
De acordo com o documento, a competência dos interventores estará restrita à adoção de medidas necessárias ao regular desenvolvimento dos serviços de saúde inerentes às unidades em questão. A intervenção objeto da portaria terá seu prazo de vigência de 90 dias, prorrogáveis a critério da administração.
Novo anestesista
No início da noite de anteontem, (21/9), o interventor e um novo anestesista chegaram à Maternidade Celina Villacrez Ruiz, no município de Tabatinga. Com isso a anestesista e diretora da unidade hospitalar, Pauline Campos – presa na operação Maus Caminhos, não precisa mais prestar atendimentos sob acompanhamento da polícia. De acordo com o secretário de saúde, Pedro Elias, os profissionais foram para Tabatinga para atender uma determinação da Justiça e tranquilizar a população e profissionais da área da saúde que trabalham no município.
Fonte: A Crítica impresso no dia 22/9/2016, quinta-feira
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