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#Notícia - Assassinato da radialista Lana Micol completa dois anos impune

Foto: Lana Micol, radialista Acervo EBC

Dedicamos a edição do Viva Maria desta terça (26) à memória da radialista, que trabalhava na Rádio Nacional do Alto Solimões

Por Rádios EBC

Dedicamos a edição desta terça-feira (26/05) do programa Viva Maria à memória da radialista Lana Micol, que há exatos 2 anos foi covardemente assassinada na porta de sua casa, com três tiros, por dois matadores de aluguel.

Infelizmente, dois anos se passaram e nada foi devidamente comprovado. Mas o que queremos compartilhar hoje, além da saudade de Lana Micol, que trabalhava na Rádio Nacional do Alto Solimões, é o nosso desejo de que sua morte não tenha sido em vão e que os assassinos que abreviaram a sua vida, de apenas 30 anos, não fiquem impunes.

Em uma tentativa de aplacar esse nosso desejo de Justiça, recorremos à Aline Yanomoto, secretária-adjunta de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM), que falou aos ouvintes sobre o feminicídio no país.

Aline Yanomoto explicou que a tipificação do feminicídio era um passo adiante que o país precisava dar para enfrentar as mortes violentas de mulheres. Segundo ela, infelizmente, o Brasil ainda possui um índice altíssimo de mortes violentas de mulheres, ficando em 7º lugar em um ranking com 84 países. A média dessas mortes chega a cerca de 5 mil ao ano.

"Esse é um dado extremamente preocupante e, mais preocupante ainda, é garantir que esses crimes sejam punidos de forma adequada, de forma que a justiça atue de forma célere e que a própria atuação do sistema de segurança da justiça seja adequado e tenha uma perspectiva de gênero", ressaltou.

A secretária destacou que o tema feminicídio vem ganhando visibilidade, mas que a cultura do machismo ainda é bem influente no país, pois trata esses crimes de ódio como se fossem crimes de amor, chamados de crimes passionais.

Aline Yanamoto lembrou que essa perspectiva precisa mudar no Brasil, isso porque muitas mulheres estão sendo mortas de forma cruel, muitas vezes por seus próprios parceiros ou ex-parceiros. De acordo com ela, é preciso ampliar as políticas de prevenção de forma a acabar com esses tipos de violência no país.

* O ex-marido da radialista Lana Micol, Edimar Nogueira, chegou a ficar preso por 90 dias, mas foi solto e aguarda o julgamento em liberdade. Ele nega envolvimento no crime.

Desde o início da década de 80, as mulheres sabem: têm voz no rádio brasileiro. Com mais de 30 anos dedicados à defesa dos direitos da mulher, o Viva Maria apresenta temas relevantes e entrevistas com personalidades que contribuem para a melhoria da vida da mulher.

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