Prédio do museu |
Quem somos
O Museu Magüta é uma experiência pioneira, o primeiro museu indígena
criado no Brasil em 1990, e localiza-se na cidade de Benjamin Constant (AM). Possui uma rica e extensa coleção de objetos
relativos aos mais variados aspectos da cultura material do povo Ticuna,
exibida segundo uma museografia delineada pelos próprios indígenas. Todo o
museu foi projetado, mantido e dirigido exclusivamente pelos “caciques” (chefes
de comunidades), articulados no Conselho Geral da Tribo Ticuna – CGTT, criado
em 1982.
Dispõe também de uma extensa documentação sobre a história da região e
as lutas desenvolvidas pelo CGTT, bem como sobre a literatura e registros
visuais produzidos sobre o povo e a cultura Ticuna.
Atividades
O Museu é frequentado diariamente por estudantes (brasileiros,
colombianos e peruanos), por pesquisadores e turistas de diferentes
nacionalidades e também por caravanas das escolas indígenas localizadas nas
cercanias de Benjamin Constant.
Situado a 1.200 km de Manaus, na região da Tríplice Fronteira (Brasil, Peru e Colômbia), o Museu Magüta está localizado na cidade de Benjamin Constant (AM), ponto de acesso as 11 terras indígenas, todas demarcadas e regularizadas, habitadas pelos Ticunas no Alto Solimões.
Visita dos professores da OGPTB |
O Museu funciona também como um centro de referência para o povo Ticuna,
cuja população atualmente monta a 45 mil indígenas, sendo a maior população
indígena do Brasil. Na região do Alto Solimões, onde estão quase todas as
comunidades Ticuna, constituem a maior parte da população rural. A parcela
restante se distribui em comunidades além fronteira ou se estende pelo médio
Solimões, pelo rio Jutaí e estão inclusive representadas na cidade de Manaus.
Nas suas instalações são realizadas cotidianamente reuniões e cursos
envolvendo caciques e lideranças, professores bilíngues, agentes de saúde
indígenas, monitores ambientais e mulheres artesãs.
O Magüta, como ficou popularmente conhecido,
participou de forma direta e ativa de todos os acontecimentos importantes na
história recente dos Ticunas. Como ocorreu na implantação de um atuante
movimento de professores indígenas (OGPTB) e na criação de uma escola indígena
diferenciada; na formação de monitores de saúde indígena e no combate ao
cólera; no treinamento de indígenas no registro em vídeo e em informática; na
criação de um programa de radiocomunicação entre as aldeias; na demarcação
topográfica das terras indígenas; e, mais recentemente, em programas de
desenvolvimento sustentável e na operacionalização dos distritos sanitários
especiais indígenas.
Fonte: http://museumaguta.com.br/
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