Rio Negro também registra subida e, para o interior, a Defesa Civil jå enviou alimentos para atender desabrigados. Foto: Sandro Pereira
Sete cidades jĂĄ estĂŁo em situação de emergĂȘncia, Boca do Acre Ă© a mais crĂtica
terça-feira 3 de março de 2015 - 7:15 AM
Da Redação/portal@d24am.com
Medidas de prevenção sĂŁo substituĂdas por açÔes de assistĂȘncia Ă s famĂlias afetadas pela cheia dos rios na AmazĂŽnia. A estratĂ©gia serĂĄ repetida em Boca do Acre (a 1.537 quilĂŽmetros de Manaus), na calha do Rio Purus, que estĂĄ em situação de emergĂȘncia.
A força-tarefa montada pela Defesa Civil do Estado consiste em fornecer cestas bĂĄsicas, jĂĄ enviadas em barcos, colchĂ”es, medicamentos e barracas de emergĂȘncia para garantir abrigo. Mais de mil famĂlias foram afetadas no municĂpio com a subida da ĂĄgua tambĂ©m do Rio Acre. Em Rio Branco, a prefeitura decretou estado de calamidade pĂșblica por conta da cheia recorde.
O secretĂĄrio da Defesa Civil do Estado, coronel Roberto Rocha, disse que, em função da repetição anual da cheia no Amazonas, os municĂpios tĂȘm dificuldades de se recuperar rapidamente dos desastres naturais, por isso Ă© fundamental o apoio pĂșblico.
Roberto Rocha reconheceu a situação crĂtica, mas afirmou que isso nĂŁo Ă© desculpa para adoção de medidas de prevenção. Ele cobrou maior empenho e eficĂĄcia das prefeituras no preparo tĂ©cnico, administrativo e operacional para atender os desabrigados. "Os eventos naturais ocorrem todos os anos e a Defesa Civil realiza capacitação, orientaçÔes e assessoria tĂ©cnica especĂfica para preparar esses municĂpios para o perĂodo de cheia e a atuação mais eficaz do poder pĂșblico municipal Ă© necessĂĄria", disse.
A cota de emergĂȘncia nessa segunda-feira, em Boca do Acre, foi de 19m23cm, ultrapassando a cota de alerta (18m50cm) e a de transbordamento (19m05cm).
Com o municĂpio de Boca do Acre, sobe para sete o nĂșmero de cidades do Amazonas em situação de emergĂȘncia: Itamarati, GuajarĂĄ, Ipixuna, EirunepĂ© e Envira, na calha do JuruĂĄ, e Canutama, no Purus.
Os municĂpios de Tabatinga, SĂŁo Gabriel da Cachoeira, SĂŁo Paulo de Olivença, Santo AntĂŽnio do Içå, Tonantins, Atalaia do Norte, Benjamin Constant (Alto SolimĂ”es) e HumaitĂĄ (Madeira) continuam em alerta.
A Defesa Civil jĂĄ enviou 105 toneladas de alimentos nĂŁo perecĂveis para garantir a proteção alimentar das mais de 11 mil famĂlias afetadas.
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