02 Out 2012 . 11:44 h . Agência Brasil . portal@d24am.com
Os números são do levantamento conduzido pelo Conselho Empresarial
Nacional para a Prevenção ao HIV/Aids (CEN/Aids), em parceria com o
Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre
HIV/Aids (Unaids).
São Paulo - Considerado em posição de vanguarda na luta mundial contra
as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e à aids, o Brasil ainda
tem um longo caminho a percorrer no que se refere às medidas
desenvolvidas pelas empresas, principalmente nas de pequeno e médio
porte. É o que aponta pesquisa feita com 2.486 representantes
empresariais e que reflete a situação do quadro nacional de 576 mil
empresas.
Apesar de a maioria dos entrevistados (68%) concordar que o tema deva
ser incluído nos planos da gestão empresarial, apenas 14%
desenvolveram algum tipo de medida preventiva, no ambiente de
trabalho, nos últimos 12 meses. Este universo reúne 82 mil empresas
com mais de 100 empregados. Entre as de porte menor, o percentual
ficou em 6,4%.
A maioria das empresas da amostra (1.291) possui de dez a 19
funcionários e um total de 222 emprega mais de 100 funcionários. Em
torno da metade das empresas tem sede na Região Sudeste e 60% dos
empregados são homens. Menos da metade (40%) do quadro é formado por
trabalhadores que estudaram até o ensino médio e 63% têm entre 21 e 40
anos de idade.
Para o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do
Ministério da Saúde, Dirceu Greco, a pesquisa pode servir de suporte
para aumentar o interesse pelo assunto dentro das empresas. Na opinião
da presidente do CEN/Aids, Neusa Burbarelli, o resultado indica um
cenário positivo por mostrar que estão sendo executadas ações onde há
maior número de trabalhadores.
No entanto, ela assinalou que os números também alertam para a
necessidade de um trabalho mais concentrado nas empresas de pequeno e
médio porte. No mesmo comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde, o
representante do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, salientou que a
pesquisa mostra o protagonismo do país na resposta efetiva ao HIV e à
aids.
Dados sa nota, lembram que a resolução da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), tomada em junho de 2010, em que foi definida uma série
de recomendações para que as empresas promovam ações de proteção à
saúde do trabalhador. Nesse conjunto, estão princípios para orientar
medidas de prevenção das DST e aids nos locais de trabalho.
Fonte: http://www.d24am.com/noticias/saude/pesquisa-indica-falta-de-estimulo-a-prevencao-da-aids-nas-empresas/70188
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