Foto: Portal do Holanda
A Força Aérea
Brasileira (FAB) acionou, na manhã desta terça-feira (18), um helicóptero H-60
Black Hawk, do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), para realizar o resgate dos três
sobreviventes de um acidente aéreo que aconteceu na noite de segunda-feira (17/12)
próximo à cidade de Tabatinga (AM), na fronteira com o Peru.
Os militares da
FAB resgataram, todos conscientes, o piloto e dois passageiros, um homem e uma
mulher, além de um cachorro que os acompanhava na aeronave. Não havia espaço
para o pouso do helicóptero e as vítimas foram içadas. Eles foram levados para
Tabatinga onde duas viaturas do Exército Brasileiro aguardavam para levá-los ao
atendimento médico.
Segundo
informações do Salvaero Amazônico, a aeronave em que estavam os sobreviventes,
de matrícula PTKIL, declarou situação de emergência e caiu em seguida, nas
proximidades de uma aldeia indígena. Para realizar o resgate, o helicóptero da
FAB decolou às 4h (horário local) desta terça (18) de Manaus (AM) com destino
ao local do acidente.
Conforme explica
um dos pilotos, Tenente Lucas Santos Bezerra Lopes, a aeronave levou a bordo
todos os equipamentos necessários ao resgate, além de uma equipe especializada,
para fazer os primeiros socorros antes do transporte. A tripulação é composta
por dois pilotos, três tripulantes, três militares de resgate, um médico e um
enfermeiro. “Um dos desafios que tivemos nessa missão foi que, pelo horário de
decolagem, antes do nascer do sol, foi necessário o uso de óculos de visão
noturna”, afirma. Foram em torno de seis horas de voo e dois abastecimentos no
trajeto da aeronave.
Devido às
características da localidade, não houve o pouso da aeronave. Foi preciso içar
as vítimas com o guincho do helicóptero. Segundo o médico que acompanhou a
missão, Capitão Waldyr Moyses de Oliveira Junior, todas as vítimas estavam
conscientes e foram necessárias algumas medidas, como estabilização da coluna,
medicação para dor e cuidados iniciais com os ferimentos. “O piloto era o mais
velho, em torno de 55 anos, e era o que estava mais ferido. Tinha dor nas
costas e formigamentos nas pernas, o que nos levou a suspeitar de lesão na
coluna. Por isso, triplicamos nossos cuidados ao manuseá-lo. Mesmo com tempo
chuvoso e as dificuldades do local, fomos até lá e realizamos o resgate.
Ninguém ficou para trás”, disse ele, que é Chefe da Subseção de Saúde
Operacional do Hospital de Aeronáutica de Manaus.
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