Tabatinga (AM) - A Folha de São Paulo
publicou ontem, quarta-feira dia (29/11), uma matéria com o título “Índios
criam milícia uniformizada na fronteira com a Colômbia e Peru”, iniciando-se
assim: “De quinta a domingo, quando cai a noite nos bairros de Umariaçu 1 e 2,
em Tabatinga (AM), eles saem de casa de camisa preta, calça, coturno,
cassetetes, rádios e lanternas. Cerca de 40 homens e mulheres adultos patrulham
o bairro para coibir o consumo de álcool e drogas”. Veja a matéria completa no link
https://goo.gl/o2LS6a
Em 2010 o Blog Alerta Total, em 23 de julho
de 2010 já tinha publicado sobre esse assunto. Veja abaixo:
Florêncio
Mesquita, do Portal Amazônia, denuncia que a Polícia Federal investiga
possíveis abusos de violência, invasão à residências, prisões ilegais, tortura
e até homicídios praticados pela milícia indígena autointitulada “Polícia
Indígena do Alto Solimões (Piasol)”. A PF também investiga uma suposta ligação
dos indígenas com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que já
estão no fogo lento do debate na sucessão presidencial, pelas ligações do PT
com o Foro de São Paulo, organismo que simpatiza com os narcoguerrilheiros
colombianos.
O
Comando Militar da Amazônia deveria intervir neste caos institucional, independentemente
da vontade do Palácio do Planalto ou do Ministério da Defesa – cujos
“comandantes-em-chefia” são defensores da autonomia das “nações indígenas”,
proibindo as forças armadas de lá atuarem.
Como surgiu?
O
superintendente da PF no Amazonas, delegado Sérgio Fontes, denuncia que que a
Piasol é uma organização paramilitar formada por ex-integrantes do Exército
Brasileiro.
Os
reservistas indígenas estariam usando o treinamento adquirido nos quartéis para
se impor como autoridade policial.
Os
crimes cometidos pela milícia estariam ocorrendo nas aldeias de Umariaçu e
Filadélfia da etnia Ticuna, na fronteira entre Brasil e Peru.
Milícia, sim
O
superintendente da PF no Amazonas ressalta que a Piasol só pode ser definida,
tecnicamente, como uma milícia, fora da lei:
“A Policia Federal não aceita
essa organização que no nosso ponto de vista é paramilitar. Eles criaram o
Estatuto Único da Polícia Indígena do Alto Solimões que é basicamente a cópia
de um estatuto militar. Esse documento descreve as denominações das patentes,
promoções e crimes dos indígenas militares. Eles têm coronel, soldado,
sargento, deserção e tropa, todos itens e nomenclaturas do Exército. Como dizer
que essa organização não é paramilitar?”.
O
superintendente informou que os indígenas da Piasol andam uniformizados com
calças do Exército e camisas da cor preta, com símbolo da organização.
Armamento alternativo
Em
vez de armas de fogo, os indígenas usam facão e tonfa (tipo de bastão
semelhante ao cacetete usado pela Polícia).
O
delegado Fontes adverte que a PF não tem como saber quantos dias os indígenas
deixam as pessoas presas sem julgamento ou quantos lares eles invadem sem
autorização:
"A
Piasol é uma organização sem controle. Só quem faz o uso legítimo da força em
uma democracia é o Estado. Como vamos permitir que uma entidade sem nenhum
amparo legal possa também fazer uso da força e forma de descontrolada?".
Funai impotente
A
Fundação Nacional do Índio (FUNAI) também considera a Piasol uma organização
ilegal.
O
coordenador regional da Funai no Amazonas, Odinei Rodrigues Haldin, também não
concorda com existência da milícia, bem como, qualquer postura violenta adotada
pela organização.
Odinei
alega que a Fundação Nacional do Índio não tem como controlar a ação da Piasol
apesar de defender os interesses das terras, costumes e culturas indígenas.
Justificativa
Os
índios alegam que a Piasol foi criada para combater o consumo de álcool e o
tráfico de drogas nas aldeias.
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