Foto: Agência Verde-oliva (Americanos
estiveram no Forte Caxias-DF e no Comando Militar da Amazônia em março)
Tabatinga (AM) - O site “A Nova Democracia”
trata a operação AmazonLog que acontecerá em nossa tríplice fronteira (Brasil,
Colômbia e Peru) com outros olhos. Com o título “AmazonLog: treinamento do
Exército ianque na Amazônia é crime de alta traição!” vê tal operação como uma
invasão norte-americana ao nosso país.
O Blog Bocas e Notícias para seu conhecimento
publica na íntegra tal publicação abaixo:
O gerenciamento semicolonial de
Temer/PMDB/PSDB e sua quadrilha dá mais um passo no sentido de acabar com o que
resta de nossa soberania nacional e de aprofundar, ainda mais, a subserviência
do país ao jugo do imperialismo estadunidense. Trata-se do AmazonLog, operação
conjunta entre as tropas dos Exércitos ianque e brasileiro em pleno coração da
floresta amazônica. Como parte deste exercício militar, será instalada, entre
os dias 6 e 13 de novembro, uma base multinacional no território brasileiro da
Tríplice Fronteira entre Tabatinga (Amazonas/Brasil), Letícia (Colômbia) e
Santa Rosa (Peru) que abrigará munição, equipamento de disparos e de
comunicação.
O AmazonLog, segundo afirma o próprio
comando do Exército Brasileiro, foi inspirado em exercício semelhante realizado
pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Hungria, em 2015, no
qual o Brasil tomou parte como observador. No país do Leste Europeu, a base
multinacional, inicialmente apresentada como temporária, tornou-se permanente.
É importante lembrar que o USA possui mais de 800 bases militares espalhadas
por todo o mundo e que, nos últimos anos, têm crescido a presença militar
ianque na América Latina, como as bases que estão sendo construídas na
Argentina e Colômbia. No Brasil, destacamos a atividade preparatória para as
Olimpíadas do Rio de Janeiro no ano passado, realizada entre as marinhas do USA
e brasileira, tendo como foco atividades “anti-terroristas”, assim como as
manobras do porta-aviões que navegou pela costa do Rio de Janeiro e Rio Grande
do Sul para treinamento junto à FAB em 2015.
Tudo isso não tem qualquer caráter
humanitário, como afirmam os monopólios de imprensa buscando enganar incautos,
mas são fatos políticos importantes que expressam a crescente reacionarização
do velho Estado brasileiro a serviço do imperialismo norte-americano.
Não por coincidência, os “treinamentos”
ianques na Amazônia ocorrem no mesmo momento em que as tropas do reacionário
Exército Brasileiro ocupam as ruas do Rio de Janeiro e dos distúrbios provocados
pelos ianques na Venezuela, no objetivo de aprofundar o seu domínio
semicolonial e neutralizar a crescente influência da superpotência atômica
Rússia naquele país e no continente.
Ponta do iceberg
O AmazonLog é o mais escandaloso dentre os
recentes ataques a nossa soberania nacional, em se tratando de acordos
militares entre o Brasil e a superpotência hegemônica única USA, mas não é o
único. É a ponta do iceberg de
uma série de medidas definidas a portas fechadas por burocratas e militares de
alto escalão.
Em março do presente ano, o chefe do
Comando Sul do Exército do USA, Clarence K.K. Chinn, foi condecorado em
Brasília com a Medalha do Mérito Militar pelo comandante do Exército
Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, e visitou as instalações do Comando
Militar da Amazônia, onde serão realizados os exercícios do AmazonLog.
Ainda em março, um dia antes de o Exército
norte-americano inaugurar um centro de tecnologia em São Paulo para
“desenvolver parcerias com o Brasil em projetos de pesquisa com foco em
inovação”1,
no dia 24/03, o Ministério da Defesa do Brasil e o Departamento de Defesa do
USA assinaram o Convênio para Intercâmbio de Informações em Pesquisa e
Desenvolvimento ou MIEA (Master
Information Exchange Agreement), na sigla em inglês.
Em abril, a empresa brasileira Bradar
Savis, do grupo Embraer Defesa & Segurança, especializado em radares para
defesa e sensoriamento remoto, fechou um acordo com a americana Rockwell Collins, também da área
aeroespacial.
O próprio exercício militar na Amazônia é
parte de um projeto maior, chamado Operação “Culminating”,
que envolve cinco anos de manobras conjuntas entre os dois Exércitos, que
culminará num treinamento envolvendo grande número de soldados dos dois países.
O Brasil deve enviar um batalhão, entre 300 e 500 militares, para integrar uma
brigada do Exército americano, no Joint
Readiness Training Center, centro de instrução localizado em Fort Polk, no Estado da Louisiana,
no segundo semestre de 2020.
Acesse o artigo no site A Nova Democracia
no link http://anovademocracia.com.br/no-194/7317-amazonlog-treinamento-do-exercito-ianque-na-amazonia-e-crime-de-alta-traicao
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