07/02/2016, domingo
Arte: Blog Bocas e Notícias
Em tempos antigos, no Forte São
Francisco Xavier, havia um capitão chamado Nino que comandava o destacamento
que ali existia. O mesmo era muito malvado com seus comandados, e muitos não
gostavam desse tal comandante.
Certa vez, houve um motim naquele
destacamento. Nele morreu o capitão Nino, que foi sepultado com sua espada
brilhante de ouro no cemitério Português junto ao Forte. Sua sepultura foi
feita de mármore pelo fato de o capitão ser um dos nobres daquela época, vindo
de Portugal.
Conta-se que essa sepultura foi
levada pelas águas do Rio Solimões numa grande cheia que houve, e, que
pescadores, acostumados a pescar nas proximidades das ruínas do Forte São
Francisco, ouviam gritos de alguém, como se estivesse comandando uma tropa. Ouviam-se
também choros e lamentos de pessoas.
Certo dia, uma família, que morava
no Paraná de Aramaçá, navegava em sua canoa em direção ao Marco de tabatinga.
Vinha a esposa, o marido e mais dois filhos. Naquele período, o rio estava
muito seco e com isso conseguiram ver as ruínas do Forte. Ao se aproximarem do
local, a mulher, que vinha na proa da canoa, avistou uma luz que brilhava muito
na beira do rio. Falou ao marido que encostasse a canoa. Para sua surpresa,
encontraram um pote cheio de moedas de ouro que ofuscava a vista. Com esse
achado os mesmos não continuaram sua viagem para o Marco. Apanharam o pote de
ouro e retornaram à ilha do Aramaçá. No mesmo dia, foram embora para Manaus, e
até hoje não se sabe o que aconteceu com essa família.
Texto retirado do livro Tabatinga e
suas Lendas, de Maria Auxiliadora Coelho Pinto e Cleuter Tenazor Tananta, 2011
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