23/09/2015, quarta-feira
Foto: Feira em Tabatinga Carlos Gossel/ColaboradorEBC//CC
Muitos desses alimentos chegam até Tabatinga por canoas, trazidos por agricultores Israelitas da região de Loreto, em Iquitos no Peru.
Por Kátia Franco
Tabatinga (AM) - Alimentos como a banana, farinha, frutas e hortaliças fazem parte do cardápio alimentar dos brasileiros que moram em regiões de fronteira como Tabatinga e Benjamin Constant, no Amazonas. A cidade faz fronteira com o Peru e Colômbia.
Muitos desses alimentos chegam até Tabatinga por canoas, trazidos por agricultores israelitas da região de Loreto, em Iquitos, no Peru.
Pedro Castillo é agricultor da comunidade de Alto Monte, no Peru, viaja dois dias até atracar no porto de Tabatinga. Ele disse que cerca de 20 embarcações saem de diversas comunidades cheias de bananas, farinha, frutas e legumes, atracam nos portos de municípios como Tabatinga para comercializar seus produtos.
Segundo o israelita, eles arrecadam aproximadamente R$ 600, por viagem, e a renda depende da produção de cada produtor.
Os produtos como a banana, por exemplo, são expostos no chão, no porto da cidade.
Castillo salientou que pela falta de um local adequado para venda ao ancorar no porto das cidades, os produtores são recebidos por fiscais da prefeitura, que organizam as áreas onde os alimentos ficam à disposição dos compradores.
A prefeitura de Tabatinga informou que não proibi a chegada dos produtores, apenas organiza onde os locais de comercialização e solicita que os alimentos sejam expostos em lonas de plásticos, caixas de madeira ou outro recipiente que não seja diretamente no chão. A secretaria de Produção Rural informou que estuda um projeto da construção de uma área para os israelitas venderem suas culturas, pois a produção deles abastece o município.
O morador de Tabatinga José Martins diz que a produção dos Israelitas Peruanos é importante para região.
O feirante de Tabatinga Raimundo Neles dos Santos compra alguns produtos dos Israelitas para revender e diz que por semana consegue um lucro de R$ 120. O feirante disse que assim como ele, os israelitas também merecem ter bancas de venda em um ambiente adequado e pede para que as autoridades atentem a essa situação.
A venda dos alimentos dos israelitas é feita todas as segundas-feiras e sextas-feiras, no porto da cidade.
Fonte: Rádio Nacional do Alto Solimões
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