Foto: Youtube.com
(ilustrativa)
Publicamos novamente o relato de nosso cronista
Luiz Ataíde da grande tragédia acontecida em 1982 em Tabatinga (AM)
Por
Luiz Ataíde
Em 12
de junho de 1982 em Tabatinga naquele clima de Copa
do Mundo e festas juninas, véspera do dia de Santo Antônio, aquele dia
amanheceu nublado, era uma cerração intensa, por volta das 6:30h da manhã,
faltou energia na cidade, em poucos minutos também ouviu-se para o lado do
aeroporto a soada de um avião que sobrevoava querendo pousar e não divisava a
pista de pouso; como não havia energia na cidade e nem a Infraero dispunha
naquele momento de gerador de energia para suprir uma emergência e com pouco
combustível, conforme depois ficou comprovado, o piloto fazia manobras rasantes
tentando pousar a aeronave, numa dessas manobras bateu com uma das asas na
torre que se localizava nas proximidades das instalações aeroportuárias,
girando, caindo, se espatifando no solo e explodindo.
Eram 7:00 h. daquela manhã, quando toda a cidade
ouviu aquele enorme estrondo, em poucos minutos todos sabiam que o avião da
Companhia Aérea TABA, modelo Hirondelle que vinha de Eirunepé com escala em
Tabatinga, tinha caído perto do terminal de passageiros do aeroporto.
Todos rumaram ao local, o Exército isolou a área,
os bombeiros de Letícia não demoraram, o Hospital de Guarnição de Tabatinga
prestava apoio com sua equipe, assim como a Cruz Vermelha.
O quadro era tétrico, desolador e triste, era
pedaço de avião pra todos os lados, os motores jogados distantes do local do
acidente, com paciência e muito trabalho aos poucos eram retirados pedaços de
gente, corpos carbonizados, mutilados, ora uma perna ora um braço, corpos de
adultos e crianças, uns inteiros, mas com algum membro dilacerado pelo impacto
com o chão e pelas ferragens e assim por diante. Não havia sobreviventes.
Todos os 44 passageiros incluindo seus tripulantes com o comandante Manuel
Teixeira Estanqueiro, não sobreviveram. A tragédia enlutou Tabatinga pelo fato
ocorrido, mas também por perdermos alguns conhecidos nossos.
Os restos mortais dos acidentados foram transladados para Manaus e de lá para seus lugares de origens, para um digno enterro.
Os restos mortais dos acidentados foram transladados para Manaus e de lá para seus lugares de origens, para um digno enterro.
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