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Premiação de time brasileiro no XPRIZE Rainforest confirma protagonismo da ciência nacional no tratamento da biodiversidade

Fotos: Divulgação

04/12/2024, quarta-feira

O "Brazilian Team" desenvolveu tecnologia de ponta para desvendar a biodiversidade das florestas tropicais e recebeu um prêmio de meio milhão de dólares em competição internacional
Cientistas brasileiros alcançaram a terceira colocação numa das maiores iniciativas para mapeamento da biodiversidade das florestas tropicais do mundo, a competição internacional XPRIZE Rainforest. O resultado foi anunciado em 15 de novembro, após cinco anos de competição. 
No início, lá em 2019, mais de 300 equipes, de 70 países, se inscreveram.  O "Brazilian Team", como é chamada a equipe que representou o Brasil na competição, ficou entre os 12 semifinalistas qualificados na primeira fase, ocorrida em Singapura em 2023 e completou o teste final na Amazônia brasileira em 2024, ao lado de outras cinco equipes, todas essas do hemisfério Norte. A equipe brasileira era a única de todo o Sul Global e vai receber meio milhão de dólares pela terceira posição. Todos os membros abriram mão do recurso para que seja reinvestido em pesquisas para a conservação da biodiversidade. 
Não é por acaso que o Brazilian Team (BT) se destacou em uma competição com o perfil da XPRIZE Rainforest. O Brasil ocupa o 15º lugar em produção mundial de conhecimento científico, sendo o 2º maior produtor mundial de conhecimento em Zoologia e o 6º colocado em Botânica (SJR – International Science Ranking). 
A equipe brasileira foi coordenada pelo professor da Esalq/USP Vinicius Souza e esteve organizada em seis grupos: Robótica, Sensoriamento Remoto, Bioacústica, DNA, Biodiversidade e Insights. Reuniu mais de 100 cientistas com conhecimentos multidisciplinares, como biólogos, engenheiros, economistas, informatas e advogados. O grupo era majoritariamente de brasileiros, mas também contou com cientistas de outros 10 países, representando algumas dezenas de instituições nacionais e internacionais.


O time criou equipamentos e tecnologias envolvendo inteligência artificial, drones, arranjos de sensores, robótica terrestre e coletores para obter amostras de plantas, animais, DNA, imagens e sons para avaliação da biodiversidade de forma eficiente, sustentável e de baixo custo.
Na última etapa do desafio, realizada entre 7 a 30 de julho deste ano, na comunidade do Tumbira, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, os times finalistas tiveram a tarefa de mapear a biodiversidade presente em 100 hectares de Floresta Amazônica, sem a presença humana na área – ou seja, tudo de forma remota. Os dados deveriam ser coletados em 24 horas e as informações pertinentes à biodiversidade foram relatadas nas 48 horas seguintes. 
Veja mais informações sobre o assunto nos links:


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