Tabatinga (AM) – Aconteceu ontem, 12/06, sexta-feira, a partir das 9h da manhã, na Comunidade de Belém do Solimões, a I Marcha contra a violência nas aldeias indígenas, com cerca de 400 pessoas, pelas ruas da comunidade, com a presença do MPF, Polícia Federal, Polícia Militar, Funai, SESAI e a comunidade de Belém do Solimões. Após a marcha todos foram para o ginásio da comunidade onde foi finalizado com o discurso das lideranças indígenas e autoridades presentes.
A iniciativa da marcha foi do Conselho Distrital da Saúde Indígena do Alto Rio Solimões, que disponibilizou embarcações para quem desejasse participar da ação.
A SESAI de Tabatinga (AM) motivou e articulou a reunião feita na comunidade de Belém do Solimões.
A SESAI de Tabatinga (AM) motivou e articulou a reunião feita na comunidade de Belém do Solimões.
De acordo com informações do representante do Conselho Distrital da Saúde Indígena do Alto Solimões, Eládio Kokama, só na comemoração do Dia das Mães, no mês de maio, houve 7 pessoas esfaqueadas na comunidade indígena de Belém do Solimões. Segundo ele, a violência envolve principalmente os jovens e os pais já não sabem o que fazer.
"Combater as violências gerais em áreas indígenas, combater a bebida alcoólica e outras drogas. A ideia de construir essa marcha com pauta na área indígena foi uma estratégia de reunião que o Conselho Distrital da Saúde Indígena que, em visita às várias aldeias indígenas, encontrou o problema na área indígena", disse.
Faixas pediam socorro à Belém do Solimões e um posto de segurança na Comunidade Indígena de Belém do Solimões, com o aumento da criminalidade na comunidade. Os principais problemas enfrentados pelos indígenas são o álcool, a droga e os frequentes suicídios de jovens indígenas.
A Comunidade de Belém do Solimões faz parte do município de Tabatinga (AM), reserva indígena da etnia ticuna, distante 64 Km da sede do município.
Com informações de Marcello Bahcana
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