Foto:
Divulgação/Infraero
De Panrotas/Marcos Martins
O programa
brasileiro de concessões de aeroportos tomou outro rumo com a inclusão dos
aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), considerados valiosos pelo
mercado. No entanto, estes serão os últimos a serem concedidos à iniciativa
privada, de acordo com a Centre For
Aviation.
O projeto inicial
do governo, elaborado a pedido do presidente Jair Bolsonaro, prevê a transferência
de 44 terminais, divididos em seis blocos regionais, à iniciativa privada, em
duas rodadas de negócios, que acontecerão a partir de 2020. A estratégia é
colocar aeroportos mais lucrativos como líderes de blocos com outros terminais
mais fracos.
Em publicação no Twitter, Bolsonaro
afirmou que o objetivo é atrair cerca de R$ 7 bilhões por meio da concessão de
rodovias, doze aeroportos e quatro terminais portuários. “Com a confiança do
investidor sob condições favoráveis à população, resgataremos o desenvolvimento
inicial da infraestrutura do Brasil”, finalizou.
Rapidamente atrairemos investimentos iniciais em torno de R$ 7 bi, com
concessões de ferrovia, 12 aeroportos e 4 terminais portuários. Com a confiança
do investidor sob condições favoráveis à população resgataremos o
desenvolvimento inicial da infraestrutura do Brasil.
— Jair M. Bolsonaro
(@jairbolsonaro) 3 de janeiro de
2019
DESAFIOS
A principal
dificuldade será atrair o interesse de investidores para os aeroportos menos
movimentados em regiões de interior. No entanto, com entrada dos “aeroportos
âncoras” de São Paulo e Rio de Janeiro aumentam as chances de fortalecer os
blocos.
A lista de
aeroportos já concedidos à iniciativa privada já inclui Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza. Após a última
rodada de negócios, a rede de aeroportos da Infraero deve ser extinta, segundo previsões.
Confira os seis
blocos na íntegra:
(Primeira rodada)
BLOCO SUL
Curitiba
Foz do Iguaçu (PR)
Londrina
Joinville
Navegantes (SC)
Pelotas (RS)
Uruguaiana (RS)
Bagé (RS)
BLOCO NORTE 1
Manaus
Porto Velho
Boa Vista
Rio Branco
Cruzeiro do Sul (AC)
Tabatinga (AM)
Tefé (AM)
BLOCO CENTRAL
Goiânia
Palmas
São Luís
Teresina
Petrolina (PE)
Imperatriz (MA)
(Segunda rodada)
BLOCO SÃO PAULO - MATO GROSSO DO SUL
Congonhas (SP)
Campo Grande
Corumbá (MS)
Ponta Porã (MS)
BLOCO RIO-MINAS
Santos Dumont
Uberlândia (MG)
Uberaba (MG)
Montes Claros (MG)
BLOCO NORTE 2
Investimento: US$ 314,7 milhões
Belém
Macapá
Santarém (PA)
Altamira (PA)
Marabá (PA)
Carajás (PA)
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