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Blog de Tabatinga

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Weydson Gossel Pereira emite nota referente ao programa Mais Médico


19/11/2018, segunda-feira

Foto: EBC

Tabatinga (AM) - O coordenador do DSEI Alto Rio Solimões emitiu uma nota referente ao programa Mais Médico após a saída de Cuba do programa. Veja abaixo:

NOTA!

Após toda essa polêmica da saída de Cuba do Programa Mais Médico e consequentemente a saída dos médicos Cubanos que trabalham no Brasil, emitirem minha opinião como responsável pela saúde indígena no Alto Rio Solimões:

O Programa Mais Médicos traz nos seus editais publicados, a seguinte priorização:

1. Selecionar médicos brasileiros que tenham CRM;
2. Selecionar médicos brasileiros que tenham se formado no exterior; e
3. Selecionar médicos Cubanos. 

Essa é a sequência de priorização para entrar no Programa Mais Médicos, ou seja, se os médicos cubanos entram em maior quantidade no programa, é porque não houve interesse dos médicos Brasileiros formados no Brasil e nem dos médicos Brasileiros formados no exterior. 
Lembro ainda que nos últimos anos a quantidade de médicos cubanos diminuiu, porque houve uma adesão maior pelos médicos brasileiros. 

Atualmente, 372 médicos cubanos estão desenvolvendo seus trabalhos na Saúde Indígena em todo o Brasil nos 34 DSEI/SESAI.

Desse total, 100 médicos estão lotados na região do Amazonas trabalhando em 07 DSEI ( Alto Rio Negro, Alto Rio Solimões, Manaus, Médio Rio Purus, Médio Rio Solimões, Parintins e Vale do Javari), que tem um total de mais de 195 mil indígenas para acompanhar.

Lembrando que estamos falando de regiões de difícil acesso e ainda com logística fluvial e aérea onde muitos dias de viagens são realizados para acessar nosso público indígena que estão nos mais longínquos lugares em nossa região que tem como estradas, os RIOS.

Nós do DSEI ALTO RIO SOLIMÕES somos responsáveis pelo atendimento de mais de 70 mil indígenas moradores de 233 aldeias na região do Alto Solimões. 
Temos o maior quantitativo de médicos integrados ás nossas equipes multidisciplinares do País, sendo 30 no total e destes somente 03 são brasileiros formados no exterior e um deles é da etnia Ticuna.

O impacto da saída desses médicos para a Saúde Indígena será grandioso e mais ainda se a reposição prevista pelo Ministério da Saúde em algumas semanas não ocorrer. 
Para que essa reposição ocorra de forma satisfatória, os médicos Brasileiros devem aderir ao programa e não somente, mais aceitar o desafio de vim para a Saúde Indígena no Amazonas juntar forças com cada um ator que faz a Saúde Indígena Diferenciada em nosso País e sobretudo na região Amazônica.

Meu desejo é que tudo se resolva e que realmente os amigos médicos Brasileiros venham ocupar a vaga deixada por estes guerreiros cubanos que contribuíram grandemente com a saúde da população indígena e também com os municípios pequenos do nosso interior.

WEYDSON GOSSEL PEREIRA
COORDENADOR DO DSEI ARS.

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