Foto: EBC
Tabatinga (AM) - O coordenador do DSEI Alto Rio Solimões emitiu uma nota referente ao
programa Mais Médico após a saída de Cuba do programa. Veja abaixo:
NOTA!
Após toda essa polêmica da saída de Cuba do Programa Mais Médico e
consequentemente a saída dos médicos Cubanos que trabalham no Brasil, emitirem
minha opinião como responsável pela saúde indígena no Alto Rio Solimões:
O Programa Mais Médicos traz nos seus editais publicados, a seguinte
priorização:
1. Selecionar médicos brasileiros que tenham CRM;
2. Selecionar médicos brasileiros que tenham se formado no exterior; e
3. Selecionar médicos Cubanos.
Essa é a sequência de priorização para entrar no Programa Mais Médicos,
ou seja, se os médicos cubanos entram em maior quantidade no programa, é porque
não houve interesse dos médicos Brasileiros formados no Brasil e nem dos
médicos Brasileiros formados no exterior.
Lembro ainda que nos últimos anos a quantidade de médicos cubanos
diminuiu, porque houve uma adesão maior pelos médicos brasileiros.
Atualmente, 372 médicos cubanos estão desenvolvendo seus trabalhos na
Saúde Indígena em todo o Brasil nos 34 DSEI/SESAI.
Desse total, 100 médicos estão lotados na região do Amazonas trabalhando
em 07 DSEI ( Alto Rio Negro, Alto Rio Solimões, Manaus, Médio Rio Purus, Médio
Rio Solimões, Parintins e Vale do Javari), que tem um total de mais de 195 mil
indígenas para acompanhar.
Lembrando que estamos falando de regiões de difícil acesso e ainda com
logística fluvial e aérea onde muitos dias de viagens são realizados para
acessar nosso público indígena que estão nos mais longínquos lugares em nossa
região que tem como estradas, os RIOS.
Nós do DSEI ALTO RIO SOLIMÕES somos responsáveis pelo atendimento de
mais de 70 mil indígenas moradores de 233 aldeias na região do Alto
Solimões.
Temos o maior quantitativo de médicos integrados ás nossas equipes
multidisciplinares do País, sendo 30 no total e destes somente 03 são
brasileiros formados no exterior e um deles é da etnia Ticuna.
O impacto da saída desses médicos para a Saúde Indígena será grandioso e
mais ainda se a reposição prevista pelo Ministério da Saúde em algumas semanas não
ocorrer.
Para que essa reposição ocorra de forma satisfatória, os médicos
Brasileiros devem aderir ao programa e não somente, mais aceitar o desafio de
vim para a Saúde Indígena no Amazonas juntar forças com cada um ator que faz a
Saúde Indígena Diferenciada em nosso País e sobretudo na região Amazônica.
Meu desejo é que tudo se resolva e que realmente os amigos médicos
Brasileiros venham ocupar a vaga deixada por estes guerreiros cubanos que
contribuíram grandemente com a saúde da população indígena e também com os
municípios pequenos do nosso interior.
WEYDSON GOSSEL PEREIRA
COORDENADOR DO DSEI ARS.
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