Foto: Radar Amazônico
De Radar Amazônico/Manaus (AM)
Jovens que deixam suas casas em busca de um
diploma de nível superior e de um futuro melhor para si e para suas famílias têm
que passar pela situação humilhante de viver numa Casa do Estudante caindo aos pedaços.
Esse é o resumo do que está acontecendo em Tabatinga, onde a Casa do estudante
é o retrato do descaso e do abandono do Poder Público com a educação. Alunos da
UEA denunciaram ao Radar que a residência que hoje abriga cerca de 32 alunos
está cheia de goteiras, e que quando chega a época de chuvas, o caos se instala
no local.
“Quando isso acontece, temos que colocar os
nossos pertences em cima das camas para não molhar com a invasão da chuva. Para
se ter uma ideia, no último alagamento, um aluno perdeu todos os documentos”,
disse uma fonte ao Radar.
Ela também contou outros problemas que
incluem, o fato do forro da cozinha estar podre e praticamente caindo em cima
da cabeça dos alunos. Além disso,
não tem forro na área da lavanderia e há um
vazamento de água em um cano próximo a tomada que liga uma das máquinas de
lavar. “O medo é que tenha u
m curto-circuito naquela área e algo pior
aconteça”, disse.
Outra reclamação é de um “buraco” feito no
terreno da Casa dos Estudantes, que recebe toda a água das pias e chuveiros
utilizada pelos alunos. “Fica um cheiro horrível de água podre que acaba
atraindo bichos e que quando chove, se junta a água da chuva e invade a casa.
Uma calamidade”, reclama o interlocutor.
Fora isso, os alunos ainda têm que conviver
com um a estrutura comprometida com rachaduras nas paredes dos quartos e tintas
se soltando delas. Muitos cômodos possuem ar condicionado velho, outros simplesmente
não tem nem ventilador e os estudantes são obrigados a dormir no calor. “Há uma
sala de estudo que está cheia de entulhos, como cadeiras, mesas e tem
ares-condicionados que deveriam ter sido instalados e estão se acabando sem
uso”.
A fonte revela ainda que, a coordenação e
direção da Casa dos Estudantes de Tabatinga já tem conhecimento dos problemas,
mas nada foi feito para resolver a situação caótica. “O reitor da UEA (sua
magnificência Cleinaldo Costa), inclusive, veio aqui pra pedir votos nas
últimas eleições e prometeu nos ajudar, mas até agora nada. Estamos abandonados
e somos tratados como cachorros, sem assistência alguma e até orientados a não
falar com os funcionários da instituição”, finalizou indignado.
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