Foto: UFA (Gestores organizam preparativos
da participação da Ufam na ação.)
Além dos serviços
oftalmológicos, serão realizados atendimentos médico-odontológico e
farmacêutico
Por Sandra Siqueira/UFAM
Equipe Ascom Ufam
Atender cerca de cinco mil pessoas de
municípios do Alto Solimões com a realização de cirurgias oftalmológicas e
serviços básicos de saúde é o objetivo do projeto de extensão da Ufam. Serão
realizadas 400 cirurgias de catarata e 50 de pterígio entre 26 de maio e 3 de
junho.
Resultado da parceria entre a Ufam e a
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o projeto tem a participação de
entidades como a Marinha, o instituto de Pesquisas Oftalmológicas da Unifesp, a
Alko do Brasil, a Lupas Leitor e a Fundação Piedade Cohen, e irá beneficiar
moradores dos municípios de Benjamim Constant, Tabatinga, Atalaia do Norte, São
Paulo de Olivença, Amaturá e Santo Antônio do Iça. A Ufam participa cedendo
parte dos médicos que farão as cirurgias de catarata e pterígio, a chamada
carne crescida, em pessoas acima de 40 anos e em crianças com catarata
congênita.
Desenvolvido pela Fundação Piedade Cohen há
20 anos, o projeto é atualmente liderado pela Ufam. Nos últimos dez anos de
atividade, foram atendidas mais de 100 mil pessoas e mais de dez mil cirurgias
realizadas. Responsável pelo projeto, o vice-reitor da Ufam, professor Jacob
Cohen, diz que a iniciativa surgiu da percepção da grande diferença estrutural
na área de saúde entre a capital e os municípios do interior do Amazonas.
“Quanto mais longínquos esses municípios, mais necessitados eles são de
serviços de saúde como esse que nós fazemos”, declara o vice-reitor.
Médico oftalmologista, o professor será um
dos profissionais a integrar a equipe de oito cirurgiões a atuar no alto
Solimões. “Temos a expectativa de realizar 400 cirurgias de catarata e 50 de
pterígio”, declara. “Além dos serviços oftalmológicos, serão realizados
atendimentos médico-odontológico e farmacêutico pela equipe da Marinha do
Brasil”, acrescenta.
De acordo com o gestor, com base em dados
da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que em áreas onde existe
assistência médica, cerca de 0,5% da população seja cega, dos quais 50% por
catarata. Em populações sem a presença desse serviço, esse índice aumenta
para 2% a 3%. “Numa população 100 mil habitantes, três mil deles são cegos, dos
quais 1.500 por catarata”, informou.
A equipe de profissionais seguirá em navio
da Marinha para as sedes dos municípios onde as pessoas receberão atendimento.
Com o apoio de entidades privadas, como a Lupas Leitor, o projeto fará também a
doação de quatro mil óculos para a população local.
Os equipamentos também foram cedidos pela
Alko do Brasil, todos em dobro, com engenheiros responsáveis pela manutenção
deles. Pequenos geradores de energia foram doados para garantir a realização
dos atendimentos.
Para o pró-reitor de Extensão, professor
Ricardo Bessa, o projeto é uma evidência da ação da Ufam junto à sociedade,
colaborando para o cumprindo da missão da Universidade. Segundo o professor, a
Câmara de Extensão, responsável por aprovar os projetos a serem executados pela
Instituição, prioriza aqueles que apresentem relevância social. “O
projeto é altamente relevante porque vai ajudar muitas pessoas carentes desses beiradões”,
disse. Abaixo, o cronograma da triagem e da realização das
cirurgias.
Triagem
Em Santo Antônio do Içá e Tabatinga – 21 e
22/05
Em Atalaia do Norte – 22 e 23/05
Em Amaturá e Benjamin Constant – 24 e 25/05
Em São Paulo de Olivença – 25 e 26/06
Cirurgia
Em Benjamin Constant e Atalaia do Norte –
27 e 28/05
Em Tabatinga – 29 e 30/05
Em São Paulo de Olivença – 31/05
Em Amaturá – 01/06
Em Santo Antonio do Iça – 02/06
Seja o primeiro a comentar
0 Comentários