Foto: Donizete Matos (Os escritores Maria Auxiliadora Coelho Pinto, Cleuter Tenazor Tananta, Carlos Alberto Gossel Pereira e Luiz Ataíde sendo homenageados pela Escola Estadual Duque de Caxias em 2015 no dia 5 de setembro).
Por Luiz Ataíde
Monteiro Lobato já dizia que “um país se
faz com homens e com livros”, o livro ainda continua como principal meio de
comunicação para difundir a cultura de nosso povo, é a base do progresso de um
país em cultivar seus valores históricos em todos os sentidos, destacando-se os
livros escolares, religiosos, literatura, tecnologia, etc.
Os avanços tecnológicos propiciam um novo
lazer para a leitura, porém para muita gente ainda não chegou o momento em
tirar o encanto em folhear um livro, virar suas páginas, sentir nos dedos o
toque mágico do papel, saborear uma boa leitura numa cadeira de balanço, numa
rede, na cama, e viajar no tempo e no espaço, voltar-se para as belas coisas que
o mundo muitas vezes ao nosso redor nos mostra e não temos sensibilidade em
perceber acontecimentos que vivenciamos em nosso contidiano. Na era que
vivemos, muitas pessoas preferem a leitura eletrônica, respeitamos o gosto de
cada um, mas particularmente, não possui a mesma mágica de ter um livro entre
nossas mãos.
No Alto Solimões, somos carentes de autores
regionais que expressem nossas ricas histórias em todos os sentidos, nossas
lendas, motivo pelo qual temos que “engolir” lendas e relatos de outros países,
sem conhecermos nossas próprias raízes. É preciso dar oportunidade para nossa
juventude com de eventos e concursos escolares de poesias, contos, prosas,
romances, lendas, etc.com prêmios e publicação dos melhores trabalhos, como
incentivos no descobrimento de valores escondidos e que não têm oportunidades
de expressar suas aptidões literárias.
Ainda bem que em nosso Alto Solimões
existam pessoas que persistem em perpetuar nossa historicidade, por Benjamin
Constant citamos Celdo Braga com o livro Mito
X Realidade; Gerson Luzeiro e Ruy Magalhães que juntos escreveram Causos e Estoritas de Benjaminenses. Em
Atalaia do Norte com O Polir da Pérola
de autoria de Carlos Heleno Lucena. Em Tabatinga com Maria Auxiliadora Coelho Pinto e Cleuter
Tenazor Tananta com Tabatinga e Suas
Lendas; O Poeta da Amazônia de
autoria de Carlos Alberto Gossel Pereira, em mais recentemente Luiz Ataíde Tabatinga – Crônicas Fronteiriças.
Autores que se tornam os arautos de nossa
região, cumprindo sua função social e intelectual revendo os aspectos que
revestem a natureza de nossa historicidade aos olhos de nosso povo, como
escritores e poetas descrevem imagens de uma época que moldaram o futuro que
vivemos.
A data de 29 de outubro dedicada ao Dia
Nacional do Livro, foi escolhida porque em 29.10.1810, foi fundada a Biblioteca
Nacional, por determinação de D. João VI.
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