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#Tabatinga-AM - Atalaia do Norte: Kanamaris denunciam massacre ao povo isolado Warikama

15/08/2017, terça-feira

Foto: Blog Jambo Verde

Tabatinga (AM) - Em nota a Associação dos Kanamari do Vale do Javari denunciam massacre ao povo isolado de Warikama. Veja abaixo a nota que foi publicada no Blog Jambo Verde de Atalaia do Norte (AM):

NOTA PÚBLICA EM DEFESA DO POVO ISOLADO WARIKAMA – DJAPAH DA TERRA INDIGENA VALE DO JAVARI

ASSOCIAÇÃO DOS KANAMARI DO VALE DO JAVARI – AKAVAJA, organização representativa do Povo Kanamari do Vale do Javari, vem ao público denunciar o massacre ocorrido com povo indígena isolados denominado WARIKAMA – DJAPAH, no leste da terra Indígena do Vale do Javari, o corrido no começo do mês de junho segundo os relatos dos Kanamari daquela região.

Diante exposto, ASSOCIAÇÃO DOS KANAMARI DO VALE DO JAVARI – AKAVAJA vem denunciar nosso total indignação, da o missão do estado brasileiro, uma vez que vimos denunciando desde 2013, aos órgãos competentes sobre a invasão de caçadores e fazendeiros, onde as fazendas já ultrapassam a linha da demarcação da Terra Indigena do Vale do Javari. Vindo do município de Eirunepé, chegando a invadir o território dos isolados WARIKAMA – DJAPAH e outros povos, na extremidade nas cabeceiras dos rios Jataizinho e Jataí. Em nossas outras denuncia reivindicamos uma ação de fiscalização nas extremidades, garantindo a segurança desses isolados na referida região, onde nunca fomos ouvidos. E hoje taí, a situação brutal o corrido com nossos parentes isolados.

Neste sentido sabemos que a proteção dos (Índios Isolados) é de responsabilidade do Estado Brasileiro, porém, nos últimos anos, é o próprio Estado que vem promovendo as ações de exterminação e violação contra os povos indígenas no norte a sul do país. E nessa circunstância critico vivenciados pelos povos indígenas nos últimos anos, como percebemos também as esferas de proteção aos cidadãos brasileiros. Onde são os primeiros agirem contra os indígenas, mesmo tendo provas dos atos. Como presenciamos todos os dias, nas mídias e televisão, quem tem direito quem pode, quem não tem direito quem não pode, ou seja, quando um criminoso político vai preso tem segurança de todos os lados, e até na sua casa, esse e o país que vivemos hoje cheio de assassinos e criminosos, tirando o direito e a liberdade de ir e vir dos brasileiros seja, na rua, na estrada, nos quintais, na floresta, nos rios e principalmente na sua própria residência.

Ressalta - se, ainda que as informações do massacre, se deu por parte de uns dos capangas do indivíduo por nome de (LOURO) o mandão do crime. Onde segundo ele, tentou impedir aos colegas que não precisava fazer aquilo. Com isso pediu aos Kanamari, que não comentasse que foi ele que comentou sobre o ato. E isso aconteceu na véspera da realização do Encontro das Lideranças Kanamari, realizada na aldeia Paraiso nos dias 06 à 08 de junho do ocorrente ano, na Terra Indigena Kanamari do Juruá.

Diante exposto que o nome acima citado como mandão do crime, reside nas margens direita do Igarapé Jordão, afluente do Jutaizinho, onde é sua residência que fica a um dia de caminhada do município de Eirunepé, ficando bem próximo da divisa da Terra Indigena Vale do Javari, Território dos Isolados WARIKAMA - DJAPAH. E segundo o informante o número de mortos são variáveis entre 18,21 ou mais.

Diante exposto no dia 11 de agosto do o corrente ano, por volta das 11h e 35 minutos, comunicamos por telefone orelhão mais uma vez, com Indigena Djo-ó Kanamari, da aldeia Jarinal, reafirmando o acontecimento do massacre com os Isolados WARIKAMA – DJAPAH no alto rio Jutaí, próximo aldeia Jarinal, e segundo o indígena os cochos dos parentes que usavam para sua travessia no rio, se encontra no porto de sua aldeia, vindo de cima após o massacre. Também o indígena acima citado, confessou que uns dos supostos assassinos por nome de Francisco, está foragído para o município Itamarati.

Diante do ato criminosa o corrido, solicitamos apoio dos parceiros em favor dos direitos dos povos Isolados, que ajudem a divulgar e denunciar internacionalmente a chacina das pessoas que não deve ninguém, apenas defendendo sua floresta como meio de sobrevivência. Portanto reivindicamos que a policia Federal, faça petição de busca e apreensão desses supostos criminosos, e intensificar atuando conjunta da FUNAI, Exercito, Ibama e outros órgãos de fiscalização ambiental nas Terras Indígenas da região do Juruá e Jutaí.

Um outro fator preocupante que temos denunciado incansavelmente é a ausência do estado, no que se refere o direito da assistência do povo de recente contato TSOHUM – DJAPAH, que reside a mesma aldeia dos Kanamari da aldeia Jarinal, que o estado deveria garantir o direito a proteção, a Saúde Básica e Educação diferenciado para este povo. Segundo relatos da FUNAI, a uma década a traz, esse povo era estimado um número de cinquenta pessoas, e hoje está reduzido uma estimação de 35 pessoas. Desde em tão o estado não reconheceu como prioridade na atenção desse povo.

Atalaia do Norte – AM, 14 de agosto de 2017.

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