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Blog de Tabatinga

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#Social - Soltar balões representa risco para a aviação

23/06/2017, sexta-feira

Foto: Reprodução/internet

Thaiza Murray

Com a chegada das festas juninas, surge também a preocupação com os balões que pairam no céu do país. Mas quem solta balões deve se lembrar que essa diversão é crime e representa grande risco para a aviação. Segundo a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e aborda sobre o crime de fabricar, vender ou soltar balões, a pena de detenção poderá ser de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente, além de poder ser enquadrado no Código Penal, conforme disposto no art. 261, que trata de risco contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo, na qual poderá sofrer pena de até 12 anos de reclusão, dependendo da culpa e da gravidade. 

É lindo olhar para o céu e ver aquele balão colorido, que parece enfeitar as festas nos meses de junho e julho. No entanto, quando ele passa a ser um risco para a população e para a aviação civil, qualquer um deles deixa de ser lindo e passa a apresentar perigo. 

Os riscos de colisão e até de manobras evasivas abruptas, muitas vezes causados por balões, fazem com que os aeroportos tenham até que interromper pousos e decolagens, acarretando atrasos ou mesmo cancelamentos dos voos. Além dos riscos para a aviação, os balões podem cair em rede elétrica, em florestas, provocar incêndios e colocar em risco a segurança das pessoas no solo. Nesse caso, qualquer pessoa que tenha avistado balões próximo de aeronaves em procedimento de pouso, decolagem ou em voo de cruzeiro, pode ligar para a Polícia (190) ou para o Disque-Denúncia (181), ou até mesmo registrar ocorrência no portal do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). 

Somente no primeiro semestre de 2016 o Cenipa teve 204 registros envolvendo balões não tripulados nos céus do país. Em 2015, foram 355 notificações ao todo. Os relatos são feitos por tripulantes, controladores de trafego aéreo e por empregados dos aeroportos, por meio de sistema digital disponível no portal do Cenipa, que mantém o programa de Risco Baloeiro, criado com a finalidade de coletar informações sobre eventos envolvendo balões. 

No mês de junho do mesmo ano, o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba, registrou cinco ocorrências. Numa delas, houve princípio de queimada causada por esse artefato não tripulado. É importante ressaltar que até os balões conhecidos como “ecológicos”, apesar de não causarem incêndio, continuam colocando em risco o tráfego aéreo, e que o Brasil possui regulamentação específica para soltura balões, seguindo norma e orientação da Organização da Aviação Civil Internacional e editada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), em 2013, como ‘Regras do Ar’.

Uma unidade da Força Aérea Brasileira (FAB), localizada em São Paulo, passou por susto no dia 10 de junho deste ano quando um balão de ar quente caiu próximo à pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos, ocasionando incêndio perto de onde se localizam os tanques de combustíveis.

Diante do perigo que os balões podem causar ao tráfego aéreo e às pessoas em solo, lembre-se: ‘Soltar balões, além de ser crime, representa risco para a aviação!’. NÃO SOLTE BALÕES!

Com informações de assessoria da Infraero


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